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Em Prado, o embate pela área do Lagoa Grande ganhou força nesta terça-feira (23 de setembro), quando várias famílias ocuparam o auditório da Câmara de Vereadores para exigir a formulação do projeto de “Discriminatório da área ocupada”, documento que definirá a real dimensão das terras doadas em 1973 para fins de loteamento privado.
Com o plenário lotado e vozes uníssonas ecoando pela regularização, parlamentares manifestaram apoio à causa popular, ressaltando a necessidade de respeito às leis, mas também a urgência em garantir o direito de um lote próximo à praia.
O vereador Fabiano Rodrigues foi direto: afirmou já ter protocolado junto ao órgão estadual documentação histórica que pode comprovar que a atual empresa responsável estaria anexando ilegalmente espaços e descumprindo normas ambientais previstas na legislação municipal e na própria Constituição Federal. Ele garantiu que permanecerá vigilante, defendendo a população de Prado e lutando para que a verdade venha à tona.
Enquanto isso, o confronto promete se estender à Justiça. A empresa alega se tratar de um loteamento regularizado, mas os moradores contestam, apontando a inexistência de requisitos básicos como água potável, iluminação pública, pavimentação e calçamento.
Segundo o parlamentar, durante toda a atuação da empresa, nenhum benefício social foi revertido à população, ao contrário de outras companhias que, além do lucro, investem no desenvolvimento social do município.
O episódio escancara um conflito que é mais do que jurídico: trata-se de uma disputa política e social, onde de um lado está o povo organizado em defesa de moradia digna, e do outro, uma empresa acusada de desrespeitar leis e direitos. A batalha, ao que tudo indica, está apenas começando.