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Ao longo dos últimos meses, o abandono por parte da gestão municipal de Itamaraju tem se tornado impossível de ignorar. Enquanto recursos públicos são direcionados para redes sociais administradas por empresas amigas do poder, o que se vê nas ruas é um cenário de calamidade.
Estradas rurais, vitais para o escoamento da produção agrícola e para a mobilidade da população do interior, foram completamente esquecidas. Mas o que mais choca é a situação da zona urbana, onde ruas esburacadas e sem manutenção se assemelham a estradas de chão batido.
Essa realidade escancara um modelo de gestão afastado do povo, preocupado em construir uma narrativa digital fantasiosa em vez de enfrentar os problemas reais da cidade. Enquanto faltam investimentos em infraestrutura, sobram aportes financeiros para alimentar o marketing institucional, feito por aliados que ocupam cargos estratégicos e lucrativos.
A falta de qualificação dos servidores, especialmente nas áreas que demandam atendimento humanizado, reflete ainda mais o distanciamento do gestor, que parece preferir governar por meio de câmeras de segurança ou relatos de assessores aduladores, ignorando o clamor popular.
Itamaraju não precisa de um prefeito que se esconda atrás das telas. Precisa de um gestor presente, sensível, técnico e comprometido com as reais demandas do povo. A cidade pede socorro e o abandono, hoje, é visível em cada esquina.