A Bahia pode economizar quase R$ 1 bilhão com a substituição de dívidas atuais por um novo financiamento em condições mais vantajosas, com menor custo e prazo ampliado. A operação, proposta pelo governador Jerônimo Rodrigues e encaminhada à Assembleia Legislativa do Estado (ALBA), será feita junto ao Banco Mundial (Bird).
Segundo o governo, o endividamento baiano está em patamar historicamente baixo. Em 2024, a dívida consolidada líquida representava 37% da receita corrente líquida e caiu para 32% no primeiro quadrimestre de 2025, muito abaixo do limite legal de 200%. Há pouco mais de duas décadas, essa proporção chegava a 182%.
Dados do Tesouro Nacional mostram que a Bahia tem uma das dívidas mais controladas do país, enquanto estados como Rio de Janeiro (199%), Rio Grande do Sul (179%) e Minas Gerais (151%) enfrentam cenários críticos.
O secretário da Fazenda, Manoel Vitório, destaca que o equilíbrio fiscal permitiu manter investimentos robustos. Em 2023, foram aplicados R$ 8,38 bilhões em obras e serviços, dos quais menos de 10% vieram de operações de crédito. Em 2024, o investimento total foi de R$ 7,69 bilhões, com a maior parte financiada por recursos próprios.
Esses valores foram destinados a infraestrutura rodoviária, educação, saúde, saneamento e habitação, estimulando a economia e melhorando a qualidade de vida da população.
O único ponto de atenção, segundo o governo, é o crescimento dos precatórios, dívidas judiciais antigas que seguem aumentando apesar dos pagamentos regulares. Sem eles, a relação entre dívida e receita seria ainda menor.
Com contas equilibradas e crédito em condições favoráveis, a Bahia se posiciona como exemplo de gestão fiscal responsável no Brasil.