O que a população de Itamaraju conhece de perto, sentindo na própria pele, foi novamente confirmado por índices que expõem a verdade sobre a saúde pública. A realidade sucateada das unidades, com mofo nas paredes, falta de medicamentos, filas intermináveis para exames e um hospital cercado de reclamações, comprova o descaso da atual gestão, que mais parece um feudo autoritário.
Enquanto funcionários capacitados são silenciados, quem ocupa cargos de confiança se sustenta por sabujice política, obedecendo sem questionar. O município segue na contramão da qualidade de vida, perdendo espaço para cidades vizinhas, que demonstram compromisso com a saúde de suas populações. O município registrou o pior desempenho entre as cidades do Extremo Sul da Bahia, não cumprindo as metas em quatro dos sete indicadores avaliados.
Enquanto municípios vizinhos avançam na qualidade do atendimento, Itamaraju desaba em ineficiência, descaso e maquiagem política. Os números falam por si: apenas 15% das gestantes tiveram acesso a atendimento odontológico; apenas 20% das mulheres realizaram o exame de Papanicolau, essencial para prevenir o câncer do colo do útero. A gestão falha também no cuidado com doenças crônicas, com 12% dos hipertensos acompanhados e meros 4% dos diabéticos com solicitação de hemoglobina glicada.
Tudo isso revela um modelo de governo autoritário, centralizador e descompromissado com o bem-estar da população, onde os que ousam criticar são silenciados e os bajuladores premiados com cargos. Enquanto isso, unidades de saúde seguem deterioradas, tomadas pelo mofo e abandono, e recursos públicos são desviados para banheiros climatizados, eventos milionários e contratos questionáveis com empresas amigas.
O problema, no entanto, transborda a saúde: na educação, alunos da zona rural seguem prejudicados, com transporte escolar irregular e o ano letivo comprometido. E para completar o escárnio, a prioridade da gestão parece ser o marketing: palcos alugados, móveis sob medida e parcerias nada transparentes nas redes sociais.
O povo de Itamaraju não precisa de maquiagem, precisa de respeito, saúde, educação e verdade.
Enquanto isso, empresas amigas da gestão seguem lucrando, em contratos que correm “de vento em popa” nas redes sociais, como se tudo estivesse em perfeita ordem. Mas basta sair às ruas para ver: Itamaraju está doente e o remédio é coragem para mudar.