Um caso que abalou as redes sociais e gerou ampla repercussão em Itamaraju teve seu desfecho nesta quarta-feira (16). A disputa pela guarda da pequena Sofia, filha de Massiele de Jesus Santos, finalmente teve uma decisão judicial favorável à mãe, após semanas de conflito, acusações e intensa mobilização popular.
Tudo começou quando Massiele publicou vídeos emocionados nas redes sociais afirmando que a filha havia sido “raptada” e estava sendo retirada à força de seus braços. O conteúdo, repleto de angústia e desespero, viralizou rapidamente e acendeu um debate sobre a atuação dos órgãos de proteção à criança, a legitimidade da guarda e os direitos parentais.
Influenciadores digitais, como Tata Araújo, se uniram em defesa da mãe, e a campanha ganhou força no Instagram, com milhares de compartilhamentos. A comoção foi tamanha que o caso chegou à atenção do Ministério Público, que contribuiu com a celeridade no processo judicial, preocupado com o bem-estar da criança.
A advogada Rosa Jahel passou a representar Massiele, ingressando com ação para retomar a guarda da filha. O Conselho Tutelar, que acompanhava o caso de perto, também prestou informações fundamentais para a avaliação do Judiciário.
O tribunal, após analisar os argumentos e evidências, optou por reintegrar a criança ao seio familiar materno, reconhecendo o vínculo afetivo e emocional entre mãe e filha. A decisão, no entanto, garante que ambas as partes, mãe e pai, tenham participação ativa na criação da menor, promovendo equilíbrio e responsabilidade compartilhada.
O caso levanta reflexões urgentes sobre a proteção da infância, os limites das redes sociais na exposição de conflitos familiares e a importância do acompanhamento jurídico em disputas tão delicadas. A vitória de Massiele representa mais que uma decisão: é o símbolo da luta de muitas mães brasileiras pela dignidade e pelo direito de criar seus filhos.