Neste final de semana, os líderes do movimento Bairro Lagoa Grande voltaram a se reunir com as famílias que ocupam a área atualmente em disputa judicial no município de Prado. Durante o encontro, os representantes reforçaram a orientação para que ninguém utilize fogo ou destrua qualquer tipo de vegetação, alertando que tais práticas podem configurar crime ambiental. A recomendação surgiu após relatos de que um grupo paralelo estaria promovendo queimadas irregulares dentro da área.
Suposta manipulação com drones e redes sociais
O movimento também expôs uma situação considerada inusitada. Segundo os líderes, pessoas vinculadas à empresa imobiliária que reivindica o terreno têm usado drones e redes sociais para denunciar os focos de incêndio, justamente no exato momento em que as queimadas acontecem.
Para o grupo, a coincidência levanta suspeitas de que as ações possam estar sendo encenadas com o objetivo de criminalizar as famílias ocupantes e influenciar a opinião pública sobre o caso.
Cadastramento social e expectativa de regularização
Apesar das tensões, os representantes trouxeram uma boa notícia: a Justiça orientou o cadastramento social das famílias, que deverá ser conduzido pela Prefeitura de Prado.
Esse levantamento é visto como um passo decisivo rumo à regularização dos lotes, garantindo dignidade às famílias que lutam pelo direito à moradia. Os líderes também reforçaram que cada morador deve manter sua área limpa e preservada, mesmo com moradias improvisadas, respeitando o meio ambiente.
Disputa política acirrada no parlamento
A luta por moradia tem provocado divergências dentro da Câmara de Vereadores de Prado. Enquanto alguns parlamentares se posicionam em defesa da empresa imobiliária, outros seguem ao lado das famílias vulneráveis, acompanhando de perto suas demandas sociais.
O tema ganhou força no debate político local e promete continuar gerando repercussão nos próximos capítulos da disputa.