O movimento pela ocupação da área do bairro Lagoa Grande, em Prado, ganhou novos contornos neste domingo (05 de outubro), após uma nova reunião entre representantes da comunidade e lideranças locais. O encontro reforçou o compromisso do grupo com a luta por moradia digna e apresentou avanços importantes nas negociações com órgãos públicos.
Durante a reunião, os representantes destacaram que a ocupação não possui vínculo com novas tentativas de invasão e que o movimento original mantém sua legitimidade. A Associação do Bairro Lagoa Grande confirmou que já protocolou junto à Superintendência de Desenvolvimento Agrário (SDA) o pedido do documento discriminatório da área, passo essencial para garantir segurança jurídica às famílias envolvidas.
Outro ponto abordado foi o alerta contra queimadas e danos ambientais na região. Os organizadores condenaram ações isoladas que possam comprometer o movimento e reforçaram que o objetivo é transformar áreas abandonadas em espaços de dignidade e moradia popular e não de conflito.
Na próxima terça-feira (07 de setembro), o grupo promete novamente ocupar o plenário da Câmara de Vereadores de Prado, ampliando o diálogo com o poder público e buscando apoio político para a causa. Uma audiência também está marcada na capital baiana, onde representantes esperam expor a realidade das famílias do Lagoa Grande e discutir as etapas da regularização fundiária com autoridades estaduais.
O que se vê, portanto, é uma mobilização que ultrapassa a questão territorial, é uma batalha por reconhecimento, justiça social e dignidade humana. O Lagoa Grande se tornou símbolo da resistência popular em Prado, e a sua luta agora ecoa para além dos limites do município.