A ADL Group, reconhecida como líder em minerais estratégicos no Brasil, anunciou um avanço histórico em seu projeto de processamento de terras raras. A iniciativa, conduzida sob a liderança do CEO Oscar M.K. Lee, consolida uma parceria estratégica com o Saskatchewan Research Council (SRC), do Canadá, referência mundial em pesquisa e tecnologia aplicada à mineração.
O acordo, formalizado por meio de um Memorando de Entendimento (MOU), prevê transferência de tecnologia e suporte técnico direto da SRC para o Brasil. A meta é erguer uma planta ecológica de separação de terras raras, com padrões semelhantes aos já operados na China e na Europa, mas com ênfase em processos ambientalmente sustentáveis e gestão rigorosa de subprodutos radioativos.
A ADL já possui uma planta de beneficiamento em operação, processando zircônio, ilmenita, rutilo e monazita em escala anual de dezenas de milhares de toneladas. Além disso, a empresa está finalizando o planejamento de um mega armazém para até 50.000 toneladas de minerais raros, ampliando drasticamente sua capacidade de estocagem e logística.
Entre os marcos já alcançados, destacam-se a exportação de 14.500 toneladas de minerais para a China, a aquisição de direitos minerários sobre 32.500 hectares distribuídos entre Rio de Janeiro e Bahia, além de contratos estratégicos com a INB e um acordo de fornecimento de 3.000 toneladas anuais por cinco anos com a SRC.
Especialistas afirmam que o Brasil precisa processar pelo menos 20.000 toneladas de terras raras por ano para atingir autossuficiência. O movimento da ADL, portanto, é visto como decisivo para quebrar a dependência global da China, especialmente em setores de alta tecnologia como veículos elétricos, semicondutores e energias renováveis.
Recentemente, o veículo de noíticias Folha de S.Paulo reconheceram a empresa como protagonista de “um novo capítulo na indústria de terras raras do Brasil”. Para analistas, a expansão da ADL pode reposicionar o país no mapa estratégico global, ao lado de potências como Canadá e Estados Unidos, que também buscam reduzir a influência chinesa nesse mercado bilionário.
Com a exploração já negociada no extremo sul da Bahia e tecnologia de ponta canadense, o Brasil se aproxima de um ponto de inflexão histórico, no qual os minerais estratégicos deixam de ser apenas riqueza subterrânea e passam a ser arma de desenvolvimento, soberania e competitividade global.