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Durante uma explanação tensa na câmara municipal de Itamaraju, o superintendente de trânsito foi chamado a prestar esclarecimentos urgentes sobre o aumento alarmante de acidentes na cidade. A sessão, marcada por conflitos verbais e acusações diretas, expôs o que muitos moradores já sentem diariamente: o caos urbano se agravando sem soluções eficazes.
Num momento particularmente incisivo, um parlamentar questionou de forma direta se os radares eletrônicos instalados pela gestão seriam apenas mais um “instrumento de faz de conta”, um artifício para enganar a população itamarajuense e dar aparência de ação onde há apenas improviso e descaso. A crítica ecoou nas redes sociais e nos bastidores políticos, reforçando o sentimento de que a população está sendo enganada com medidas paliativas.
O superintendente, por sua vez, tentou defender os equipamentos, alegando que eles “faz bastante tempo que está parado e os senhores tem conhecimento dos fatos”. No entanto, apresentou dados estatísticos questionáveis, que não condizem com a realidade vivida nas ruas, onde acidentes são registrados diariamente e o trânsito se torna cada vez mais violento.
Enquanto isso, as ações da atual gestão se resumem a pinturas de faixas em horários de pico, quando o movimento é mais intenso, apenas para transmitir a imagem de trabalho. Uma estratégia que, para muitos, não passa de propaganda disfarçada de gestão pública. Poucas ruas foram de fato transformadas, e as intervenções realizadas não trouxeram nenhum benefício concreto à maioria dos cidadãos.
Na prática, o que se vê é um cenário onde profissionais são obrigados a correr contra o tempo, enfrentando engarrafamentos, riscos e imprudência generalizada para cumprir metas ou chegar aos seus locais de trabalho. O trânsito, longe de ser controlado, tornou-se um campo minado e o governo municipal, cada vez mais, parece perdido, descompassado e insensível ao clamor das ruas.
Itamaraju vive uma crise silenciosa no trânsito, e enquanto os radares não funcionam, a gestão patina, e a população paga o preço mais alto: o da insegurança e do abandono.