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segunda-feira, 3 novembro, 2025

Novembro da reparação

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EDITORIAL

Estado é composto por 75% de afrodescendentes

Redação

02/11/2025 – 16:40 h

Estátua de Zumbi dos Palmares no Centro Histórico de Salvador

Estátua de Zumbi dos Palmares no Centro Histórico de Salvador –

Na Bahia, a luta por reparação continua com força. Um em cada três municípios, totalizando 136 dos 417, se destaca em ações voltadas à política de equidade racial, revelando um percentual de 32,6% em comparação à média nacional de 23,9%. Com a recente sanção da lei que institui o feriado da Consciência Negra, no dia 20 de novembro, a discusão acerca do legado de Zumbi dos Palmares ganha relevância.

Estudos indicam que impressionantes 75% da população baiana se identifica como afrodescendente, um reflexo de séculos de história marcada pela escravatura. Apesar da maior presença de estruturas para promover a equidade racial em municípios baianos, a realidade é que os investimentos ainda são tímidos, deixando muitas lacunas na luta por justiça e igualdade.

No geral, os investimentos institucionais ainda são escassos para responder adequadamente às carências dos afro-baianos, e a situação se agrava quando observamos os pedidos de auxílio às comunidades indígenas, que são apenas 28 municípios.

A ausência de secretarias dedicadas ou outras instâncias nas prefeituras impossibilita uma resposta eficaz aos desafios enfrentados por essa parcela significativa da população. Comparar municípios ricos como Salvador com os mais empobrecidos, como Novo Triunfo, ressalta a disparidade no atendimento às necessidades da população negra, levando à conclusão de que é preciso agir com mais reflexão e compromisso.

O coordenador do Instituto Reparação, Ailton Ferreira, menciona que, ao incluir todos os municípios na análise, é possível visualizar a real necessidade de um suporte mais robusto às comunidades afrodescendentes, considerando a distribuição populacional e a real demanda por serviços e políticas públicas que sejam realmente inclusivas.

A verdadeira mudança demanda não apenas estatísticas, mas um entendimento profundo do legado histórico e cultural que moldou a Bahia. Cada um de nós pode ser parte dessa solução. Quais iniciativas você acredita que podem realmente fazer a diferença em nossa sociedade?

Compartilhe sua opinião nos comentários e contribua para um diálogo necessário e transformador!

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