
A maior operação policial da história do Rio de Janeiro começou com um estrondo no dia 28 de outubro, quando os complexos do Alemão e da Penha se tornaram o cenário de uma intensa batalha entre o Estado e o temido Comando Vermelho (CV). Mobilizando aproximadamente 2,5 mil agentes civis e militares, a ação visava enfatizar a crescente ousadia do tráfico, que agora se armou até com drones adaptados para lançar explosivos.
Essa abordagem revolucionária do crime, utilizando tecnologia para monitorar os movimentos das forças de segurança e realizar ataques aéreos, representa um novo patamar no combate ao tráfico de drogas. Os criminosos lançaram granadas e outros artefatos explosivos, mostrando uma capacidade de planejamento e adaptação que desafia as estratégias tradicionais da polícia.
O recurso permite acompanhar o deslocamento das equipes em tempo real; atacar bases improvisadas e pontos de cerco; e desorganizar o planejamento operacional da polícia.
O uso de drones não apenas impacta a tática de combate, mas também causa um efeito psicológico significativo, dando ao crime uma aparência de modernidade e eficiência. As investigações já indicavam que o poder de fogo do CV era suficiente para enfrentar unidades de elite em confrontos prolongados e coordenados, e a apreensão de mais de 90 armas, incluindo fuzis de guerra, apenas confirma essa ameaça crescente.
A operação também colocou o governo em uma posição difícil. O governador Cláudio Castro (PL) reivindicou apoio federal, enfatizando que o Estado enfrenta essa luta “sozinho”. Contudo, o Ministério da Justiça contestou essa narrativa, afirmando ter atendido a todos os pedidos do governo estadual e destacando a mobilização de operações da Polícia Federal.
À medida que a facção desenvolve habilidades e táticas militares, a luta não é apenas por território, mas também pela narrativa que molda a opinião pública e a postura da segurança no Rio de Janeiro. O que esperar de um futuro em que a linha entre o crime organizado e os métodos de combate se estreita cada vez mais?
O que você pensa sobre essa nova fase de confrontos? Compartilhe suas opiniões e reflexões nos comentários abaixo!