24 agosto, 2025
domingo, 24 agosto, 2025

O próximo passo no plano nuclear do Google

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Em um marco audacioso para o futuro energético, o Google anunciou um plano inovador: alimentar seus data centers com energia gerada por um reator nuclear de próxima geração. Ao optar pelo uso de sal fundido como refrigerante em vez de água, essa tecnologia revolucionária promete transformar a paisagem da energia nuclear nos Estados Unidos, especialmente em resposta à crescente demanda provocada pela inteligência artificial.

Este projeto é fruto da colaboração com a Kairos Power e a Tennessee Valley Authority (TVA), que vai adquirir a eletricidade produzida pelo reator experimental Hermes 2, com previsão de operação para 2030. Com uma capacidade de 50 megawatts, o reator será capaz de suprir as necessidades energéticas dos centros de dados do Google em Tennessee e Alabama, além de contribuir com a rede elétrica regional.

O Hermes 2 se distingue dos reatores convencionais, que utilizam água sob alta pressão, ao operar com sal fluoretado fundido. Esse método não apenas reduz os custos de construção, mas também possibilita uma operação em baixa pressão, aumentando a eficiência do sistema.

Além de aproveitar a eletricidade limpa, o Google receberá atributos de energia limpa, ou créditos de energia limpa, provenientes do Hermes 2. Esses certificados funcionam como uma garantia ambiental, simbolizando a redução das emissões de carbono, e permitem que empresas mostrem suas iniciativas em sustentabilidade, mesmo quando conectadas a uma rede elétrica que ainda depende de fontes poluentes.

Google aposta em créditos de energia limpa para reforçar sua meta de neutralizar carbono (Imagem: Toa55/Shutterstock)

Grandes companhias costumam adquirir esses créditos para compensar as emissões associadas ao consumo elétrico, embasando suas afirmações de operação com energia livre de carbono. Entretanto, críticos apontam que os benefícios muitas vezes são superestimados e destacam que as emissões do Google aumentaram no último ano, impulsionadas pela expansão de seus serviços de inteligência artificial.

O plano do Google não se limita ao Hermes 2; há metas ambiciosas para atingir 500 megawatts de capacidade nuclear até 2035. Isso seria fundamental para suportar uma nova era de data centers e aplicações de inteligência artificial, alinhando inovação tecnológica com responsabilidade ambiental.

Reator nuclear.
Google aposta em energia nuclear para impulsionar a IA sem aumentar a pegada de carbono.

(Imagem: hallowhalls/Shutterstock)

Atualmente, os 94 reatores nucleares em atividades nos EUA geram aproximadamente 97 mil megawatts, correspondendo a cerca de 20% da eletricidade do país. Embora o Hermes 2 represente uma pequena fração deste total, sua implementação pode sinalizar uma renovação no setor nuclear dos Estados Unidos, enquanto o Google assume um papel destacado na busca por soluções energéticas sustentáveis para a era da inteligência artificial.

Essa transformação não apenas redefine o futuro energético, mas também instiga reflexões sobre como é possível gerar uma quantidade suficiente de energia de forma sustentável, sem aumentar a pegada de carbono. E você, o que pensa sobre essa nova era de energia nuclear e seu impacto? Compartilhe suas opiniões nos comentários!

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