14 setembro, 2025
domingo, 14 setembro, 2025

O que a anistia da ditadura tem a ver com a anistia para Bolsonaro

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Em um Brasil dividido, a feijoada com paio é símbolo de tradição e amor pela culinária, assim como os ecos do passado político reverberam em nosso presente. Para muitos, Cid Sampaio, um usineiro pernambucano que governou o estado entre 1959 e 1962, é apenas mais um nome da história. Mas sua trajetória nos lembra que algumas coisas estão longe de ser esquecidas, assim como as memórias da anistia de 1979.

Essa anistia foi um marco, anunciando a proximidade do fim da ditadura militar que perdurou até 1985. Em um gesto de aparente reconciliação, perdoou crimes de ambos os lados, trazendo um período tenso à beira da paz. Contudo, essa paz veio à custa da memória de milhares de vítimas que sofreram nas mãos de um regime opressor, cujos consequências ainda ressoam nas vozes de muitos brasileiros.

Hoje, quando analisamos a anistia proposta para os envolvidos nos recentes golpes de 2022, a opinião pública se mostra inflexível. Segundo o Datafolha, 61% se opõem a qualquer perdão a figuras como Bolsonaro, que enfrentam a possibilidade de uma pena severa de 27 anos e três meses. Uma nova anistia parece um sonho distante, especialmente quando se considera que a participação no jogo democrático não deve incluir recompensas a quem ameaçou sua integridade.

A Câmara dos Deputados, outrora sensível à vontade popular, tornou-se um reflexo das distâncias entre representantes e representados. Com recursos financeiros robustos e pouco comprometimento com suas bases, muitos parlamentares navegam entre as conveniências do poder e as demandas de quem realmente os elegeu. A corrupção permeia o cenário político, onde a posse do poder muitas vezes prevalece sobre a ética. O clamor das ruas, portanto, pode ser facilmente ignorado.

Essa situação nos leva a questionar: até que ponto a democracia está segura se aqueles que têm o dever de protegê-la são também os que a ameaçam? O desafio é não apenas recordar o passado, mas também garantir que a história não se repita. O futuro é uma construção coletiva, e sua moldagem cabe a cada um de nós. Como você enxerga a atual situação política do país? Deixe seu comentário e compartilhe suas reflexões.

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