17 setembro, 2025
quarta-feira, 17 setembro, 2025

O que a CVM diz sobre os “fundos caixa-preta” da Faria Lima

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No coração do mercado financeiro brasileiro, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) atua como guardiã das normas que regulam os fundos de investimento. Fundamental a essa estrutura, a CVM exige que todos esses fundos realizem auditorias anuais, conduzidas por profissionais independentes registrados na autarquia. Quando essa norma é descumprida, as consequências para os responsáveis podem ser severas.

Recentemente, a série de reportagens do Metrópoles revelou que alguns fundos de investimento localizados na Faria Lima, centro financeiro do Brasil, têm se transformado em verdadeiras caixas-pretas. Esses fundos estão sendo utilizados para ocultar fortunas de organizações criminosas e proteger patrimônios de grandes devedores, criando um cenário preocupante.

Em agosto, uma operação policial investigou gestoras que utilizam esse tipo de prática, descobrindo um megaesquema de lavagem de dinheiro vinculado ao setor de combustíveis e ao Primeiro Comando da Capital (PCC). As investigações do Metrópoles identificaram pelo menos 177 fundos na Faria Lima, que juntos somam impressionantes R$ 55 bilhões em patrimônio. Esses fundos compartilham características suspeitas que atraíram a atenção da Polícia Federal e da Receita Federal, como operar sem auditoria e ter apenas um ou dois investidores.

Diante dessa situação, o Metrópoles questionou a CVM sobre as irregularidades detectadas. Em resposta, a autarquia reafirmou o rigor da Resolução 175, que estabelece que as demonstrações contábeis dos fundos devem ser auditadas anualmente, salvo exceções para aqueles ativos há menos de 90 dias. Criando um contexto de responsabilidade, a CVM ressalta que cabe ao administrador fiduciário garantir a manutenção e a organização dos registros contábeis e pareceres do auditor.

Sobre possíveis sanções, a CVM enfatiza que, em casos de irregularidades, os responsáveis podem enfrentar penalidades que vão desde advertências e multas até a suspensão de suas atividades, conforme às determinações da Lei 6385/76. A vigilância na aplicação dessas normas é crucial para a integridade do setor financeiro.

E você, o que pensa sobre a transparência nos fundos de investimento? Compartilhe sua opinião nos comentários e participe dessa discussão vital para o futuro do nosso mercado financeiro.

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