Quem já mergulhou no universo dos jogos de luta ou competições multiplayer online com certeza se deparou com a expressão “netcode ruim”. Esse termo, embora amplamente utilizado, não se resume a uma única tecnologia. Em vez disso, ele representa um conjunto complexo de técnicas que garantem a sincronização e a comunicação entre jogadores e servidores.
Em partidas online, cada movimento, defesa ou golpe precisa ser processado em tempo real. Quando o netcode falha, as consequências são visíveis: atrasos, travamentos e até o que parece ser um verdadeiro “teletransporte” dos personagens na tela. Compreender como esse sistema funciona é fundamental para discernir por que alguns jogos oferecem experiências perfectas, enquanto outros geram frustração constante.
O netcode é a espinha dorsal das partidas multiplayer. Ele é a camada de software responsável pela comunicação entre as máquinas dos jogadores e os servidores do jogo. Essa interação é crucial para garantir que todos desfrutem de uma experiência de jogo fluida e sincronizada.
Nos jogos de luta, onde cada frame pode selar o destino de uma partida, a qualidade do netcode se torna essencial para a integridade competitiva. Quando um jogo não responde como deveria, golpes podem falhar por milissegundos, comprometendo toda a jogabilidade.

Existem diferentes tipos de netcode, cada um com suas particularidades. O delay-based, por exemplo, segura as respostas locais até que os comandos dos outros jogadores cheguem. Embora isso garanta a sincronia, provoca um atraso que pode ser frustrante, especialmente em conexões de baixa qualidade. Títulos como “Street Fighter IV” e “Tekken 7” enfrentaram severas críticas por conta dessa abordagem.

Por outro lado, o rollback é uma técnica mais moderna e eficiente. Ele registra as ações imediatamente e prevê os comandos do oponente, corrigindo qualquer divergência ao “rebobinar” a partida. Embora demande maior capacidade de processamento, essa abordagem resulta em uma experiência de jogo mais natural, mesmo com latência. “Guilty Gear Strive” se destacou nesse aspecto, sendo amplamente elogiado por oferecer partidas estáveis mundialmente.

Porém, muitas questões podem impactar o desempenho do netcode. A latência – ou ping – é o atraso físico no transporte de dados, sendo um dos principais responsáveis pelos problemas de sincronização. Além disso, a taxa de atualização (tickrate) do servidor também influencia; uma maior frequência de atualização proporciona uma simulação mais precisa. Por último, o protocolo de rede usado nos jogos competitivos, geralmente UDP, também traz desafios relacionados à reorganização e à perda de pacotes.

Agora, pensando em sua próxima experiência online, como você avalia a importância do netcode em seus jogos favoritos? Compartilhe suas opiniões e experiências nos comentários!