Em um cenário político onde o diálogo é essencial, cabe refletir: o que realmente pode fazer o governo Lula para evitar uma derrota antes mesmo da batalha? A verdade é que negociar com aqueles que se mostram irredutíveis é um grande desafio. O Congresso, por exemplo, parece mais preocupado em acumular recursos do que em colaborar para a reforma tributária e cortes de despesas.
O que é crucial agora é entender que o objetivo do Congresso pode ser, na essência, frustrar a eficácia do governo. Eles desejam erguer barreiras para impedir que Lula implemente suas políticas, almejando, assim, a ascensão de um novo líder de direita nas próximas eleições.
Diante dessa realidade, o governo deve se perguntar: deve manter cortes brutos que afetam áreas essenciais como Saúde e Educação? Ou será mais sábio expor ao público a resistência do próprio Congresso? Essa entidade, que muitas vezes representa os interesses elitistas, está alheia às demandas da população mais vulnerável.
É chegada a hora de dar nome aos protagonistas dessa trama política. No topo da pirâmide econômica, os muito ricos se beneficiam de brechas fiscais, enquanto a classe média e os pobres arcam com a maior carga tributária. Essa disparidade, que gera indignação, parece finalmente estar na mira do governo, incomodando os que se beneficiam dessa desigualdade.
Acusações de demagogia e tentativas de dividir a sociedade entre “nós e eles” surgem como reação a essa estratégia. É interessante notar que o ex-presidente Bolsonaro também utilizou uma narrativa semelhante, mas ao inverso, buscando polarizar sua base em torno da figura do “outro”, aqui representado pela Justiça e pelo PT.
Ainda que Bolsonaro tenha saído de cena, suas ideias ainda reverberam e continuam a influenciar bastante a política atual, manifestando-se em vozes que se apresentam como paladinos da moralidade.
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