7 setembro, 2025
domingo, 7 setembro, 2025

O que o SP Open precisa fazer para ter vida longa no circuito feminino de tênis

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Após 25 anos de espera, São Paulo retoma seu lugar na elite do tênis feminino com o aguardado SP Open, que começa neste sábado (6) no Parque Villa-Lobos. Este torneio de nível WTA 250 promete agitar a cidade, trazendo a número 1 do Brasil, Beatriz Haddad Maia, ao centro das atenções. No entanto, por trás da empolgação, existe um compromisso em garantir um futuro sólido para o evento, aprendendo com os desafios enfrentados por competições anteriores no Brasil.

A última vez que São Paulo recebeu um torneio deste porte foi em 2000, em uma época marcada por interrupções e desafios estruturais. Ao longo dos anos, o Brasil viu o surgimento de outros eventos, sendo o Brasil Open o mais significativo, embora tenha oferecido chaves femininas apenas em 2001 e 2002. A última campeã deste torneio foi a lendária Monica Seles, com o Brasil lutando para manter a consistência em competições femininas desde então.

Durante a última década, tentativas como o Rio Open e o Brasil Tennis Cup trouxeram emoções, mas ambos acabaram enfrentando problemas que levariam ao seu fim. O Rio Open, por exemplo, não pôde sustentar uma chave feminina devido a questões logísticas, enquanto o WTA de Florianópolis sucumbiu à falta de patrocínio e ao aumento do dólar. Rafael Westrupp, ex-diretor do evento, relata que a venda de sua data foi reinvestida em desenvolvimentos para o tênis nacional.

O WTA em Florianópolis deixou um legado duradouro, permitindo que tenistas como Carolina Meligeni e Laura Pigossi brilhassem em competições de alto nível. Com a volta de competições como o SP Open, a expectativa é criar uma “mentalidade de pertencimento” para as atletas brasileiras, uma conexão vital que ajudará a cultivar novas gerações de talentos no cenário de tênis feminino.

A organização do SP Open foi cuidadosamente elaborada com a expertise adquirida nas edições do Rio Open. Luiz Carvalho, diretor do torneio, enfatiza que a equipe utiliza o know-how desenvolvido ao longo dos anos para garantir que o SP Open tenha um impacto duradouro. Com patrocínios robustos como o da Claro, a conexão entre os eventos parece promissora e fundamentada na experiência.

Um foco em tenistas brasileiras, como Bia Haddad e suas colegas, é uma estratégia clara para atrair o público. Ao todo, sete jogadoras locais participarão, com a esperança de que novas promessas, como as jovens Victoria e Nauhany, continuem a brilhar e assumam o legado que Bia iniciou. A expectativa é que essas talentosas atletas possam, em breve, alcançar o Top 100 do ranking mundial.

O SP Open não marca apenas a volta dos grandes eventos de tênis feminino a São Paulo, mas também representa uma nova era para o esporte no Brasil. Ouvimos você! O que você espera desta nova fase do tênis em nossa cidade? Deixe seu comentário abaixo!

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