10 setembro, 2025
quarta-feira, 10 setembro, 2025

O que são tornados solares e como se formam?

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O Sol, centro do nosso sistema solar, é uma fonte vital de energia e vida, mas oculta em sua atmosfera fenômenos extremos que intrigam os cientistas. Entre eles, os tornados solares se destacam como estruturas impressionantes de plasma, cuja dinâmica oferece uma nova compreensão sobre o comportamento dessa estrela. Recentes observações feitas por telescópios espaciais e sondas de agências internacionais revelaram a formação dessas colunas gigantes de plasma em movimento. Mas o que realmente são os tornados solares e qual o seu impacto na Terra?

Os tornados solares são redemoinhos de plasma, um gás ionizado, que surgem na atmosfera do Sol devido à interação com campos magnéticos. Diferente dos tornados terrestres, que dependem de tempestades atmosféricas, esses fenômenos são moldados pela complexidade dos campos magnéticos solares. Eles podem atingir alturas quilométricas, temperaturas que chegam a milhões de graus Celsius e permanecem ativos por horas ou até dias, liberando uma quantidade imensa de energia.

Mas como esses fenômenos surgem? A resposta está na rotação diferencial do Sol. Este astro não gira de forma uniforme, resultando em velocidades distintas de rotação em diferentes latitudes, o que distorce as linhas de força magnética até que elas se rompam. Esse rompimento e reorganização cria os redemoinhos de plasma, geralmente localizados na coroa solar, especialmente nas imediações das manchas solares, áreas notavelmente instáveis.

Os tornados solares frequentemente estão associados a erupções solares e ejeções de massa coronal (EMCs), que são explosões massivas de plasma que se desprendem da coroa solar. Esses eventos liberam radiação em um amplo espectro, podendo impactar diretamente a Terra ao desencadear tempestades geomagnéticas. Embora os tornados solares não atinjam a Terra diretamente, seus efeitos podem ser devastadores, provocando falhas em sistemas de comunicação, risco de apagões em redes elétricas e aumento da exposição à radiação em voos de alta latitude.

Durante períodos de máxima atividade solar, que ocorrem em ciclos de cerca de 11 anos, observa-se um aumento no número de fenômenos como tornados solares, erupções e ejeções de massa coronal. Esse ciclo ajuda os cientistas a prever eventos extremos, permitindo a elaboração de medidas de proteção para tecnologias sensíveis, como satélites e redes elétricas.

Historicamente, a atividade solar já causou impactos significativos na Terra. O Evento Carrington de 1859, uma tempestade solar massiva, afetou as redes telegráficas globalmente e gerou auroras visíveis em regiões inusitadas. Em 1989, uma ejeção de massa coronal causou um apagão em Quebec, deixando milhões sem energia. Mais recentemente, uma erupção solar em 2006 saturou satélites de GPS, ressaltando a vulnerabilidade de nossa tecnologia à influência solar.

Curiosamente, fenômenos semelhantes são esperados em outras estrelas, sugerindo que tornados solares não são exclusivos do nosso Sol. Mesmo sem observações diretas em outras estrelas, teorias astrofísicas indicam que esses eventos podem ser comuns em astros do tipo anã amarela.

Sabendo disso, o que você pensa sobre os tornados solares e seu impacto em nosso planeta? Compartilhe suas reflexões nos comentários!

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