Na última quinta-feira, um episódio alarmante ocorreu durante a CPMI do INSS, quando o deputado federal José Medeiros (PL-MT) protagonizou um confronto inusitado com a advogada Izabella Borges. Ao ser questionado, Medeiros disparou agressões verbais, chamando-a de “advogada de quadrilha” e “porta de cadeia”, desrespeitando não só a dignidade da profissional, mas também as prerrogativas da advocacia.
O presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Beto Simonetti, não hesitou em criticar a atitude do parlamentar. Em uma publicação contundente nas redes sociais, ele classificou o incidente como “impressionante violência” e destacou que profissionais que atuam em defesa de depoentes na CPMI têm enfrentado constrangimentos constantes.
Simonetti enfatizou: “Respeitar as prerrogativas da advocacia não é favor, é lei!” Ele deixou claro seu apoio à Izabella e a todos os advogados que estão lidando com essas hostilidades, assegurando que a OAB tomará as medidas necessárias para garantir a proteção das prerrogativas advocatícias.
Izabella, ao comentar o episódio, revelou que a situação é um reflexo de um sistema que ainda não aceita plenamente a presença feminina em posições de poder. Ela denunciou as agressões e expectativas de um tratamento desrespeitoso, clamando por ações concretas da OAB além de um simples pronunciamento nas redes sociais.
A União Nacional das Advogadas Criminalistas e Acadêmicas de Direito (UNAA) também se posicionou firmemente contra a postura de Medeiros. Em uma declaração robusta, a entidade frisou que a ética e a urbanidade são essenciais no exercício de funções públicas.
Leonardo Sica, presidente da OAB de São Paulo, eficazmente uniu forças na defesa de Izabella, ressaltando que esse episódio não é um ato isolado, mas uma violação das prerrogativas da advocacia e uma quebra de decoro parlamentar. A OAB SP agora espera uma apuração rigorosa das condutas dos envolvidos, reconhecendo a gravidade do ocorrido, especialmente em termos de possíveis abusos de gênero.
Enquanto isso, a sociedade observa e espera posicionamentos firmes contra essa violência. O deputado José Medeiros não respondeu ao pedido de comentários feito pela imprensa até o fechamento deste artigo, mas o espaço permanece aberto.