4 outubro, 2025
sábado, 4 outubro, 2025

Obesidade e insônia: como medicamentos fitoterápicos ajudam no tratamento

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SAÚDE

Remédios são desenvolvidos a partir de plantas e extratos vegetais; nutróloga explica uso

Victoria Isabel

Fitoterápicos

Fitoterápicos –

As plantas medicinais são utilizadas há milênios por diversas culturas no tratamento de doenças e na promoção do bem-estar. Atualmente, seu uso é incorporado à prática médica por meio dos medicamentos fitoterápicos, que, embora de origem natural, passam pelos mesmos rigorosos critérios de qualidade, segurança e eficácia exigidos para outros fármacos, com registro obrigatório na Anvisa.

Durante o XXIX Congresso Brasileiro de Nutrologia – CBN 2025, realizado entre os dias 25 e 27 de setembro no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo, a médica nutróloga Dra. Marcella Garcez Duarte (PR), professora e diretora do Departamento de Fitoterápicos e Nutracêuticos da ABRAN, apresentou uma palestra sobre o papel e as aplicações dos medicamentos fitoterápicos na prática clínica da nutrologia.

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Marcella Garcez Duarte

Marcella Garcez Duarte | Foto: Divulgação/ABRAN

Em sua palestra, Marcella explicou que os medicamentos fitoterápicos, na maioria das vezes, exigem prescrição médica exclusiva.“Prescrevemos fitoterápicos não como alternativa aos outros medicamentos, mas como uma estratégia complementar. Eles devem ser prescritos com a mesma seriedade que qualquer outro fármaco”, destacou.

Durante entrevista com a imprensa, a nutróloga destacou que o uso responsável e fundamentado de medicamentos fitoterápicos oferece uma abordagem integrada para o manejo de doenças crônicas, reforçando queeles são sempre um complemento aos tratamentos convencionais.

“Os fitoterápicos são um complemento, uma estratégia complementar e em nutrologia, jamais deve ser utilizado como alternativa”, afirmou.

Uso dos fitoterápicos

A médica abordou o uso de fitoterápicos em dislipidemias, alterações glicêmicas e resistência insulínica. “Em casos de insônia, por exemplo, é possível prescrever passiflora em dose terapêutica durante períodos transitórios, evitando o uso precoce de ansiolíticos, que têm efeitos colaterais maiores”, completou.

Outro campo promissor destacado pela nutróloga é a dermatologia dentro da nutrologia, com o uso de fitoterápicos e nutricosméticos para promover a saúde da pele e anexos cutâneos. Entre os exemplos citados estão fitoterápicos com ação fotoprotetora, como o Polipodil-Leukotómus, que auxilia na proteção contra radiação ultravioleta.

Fitoterápicos na obesidade

No contexto de doenças crônicas, como obesidade e síndrome metabólica, a nutróloga enfatizou que os fitoterápicos auxiliam no tratamento das queixas periféricas, como:

  • insônia
  • retenção hídrica
  • lipedema
  • dores articulares

“A obesidade é uma patologia complexa e extremamente prevalente. Uma vez que o paciente desenvolve obesidade, ele permanece portador da doença, mesmo que atinja peso normal. Por isso, usamos todas as ferramentas disponíveis, incluindo fitoterápicos, para tratar sintomas e auxiliar nos efeitos de medicamentos específicos”, explicou.

*A repórter viajou para São Paulo a convite da ABRAN.

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