Na última quarta-feira, 25 de outubro, um marco importante ocorreu na Faixa de Gaza: pela primeira vez desde o início do bloqueio à assistência humanitária, em 2 de março, a Organização Mundial da Saúde (OMS) conseguiu enviar suprimentos médicos vitais ao enclave. Nove caminhões, carregados com 2 mil bolsas de sangue e 1,5 mil bolsas de plasma, cruzaram a passagem fronteiriça de Kerem Shalom, um feito destacado pelo representante da OMS nos Territórios Palestinos, Rik Peeperkorn, em uma coletiva de imprensa realizada na sexta-feira, 27.
Peeperkorn enfatizou que a entrega foi realizada sem incidentes de saques, mesmo diante das condições de alto risco na região. Este carregamento é um alívio necessário em um momento crítico, onde muitos hospitais enfrentam uma escassez alarmante de recursos e um aumento no número de feridos, em especial aqueles afetados por incidentes em centros de distribuição de alimentos. Normalmente, as unidades de saúde de Gaza necessitam entre 2,9 mil a 3,3 mil bolsas de sangue por mês, mas com o conflito em curso, essa demanda dobrou.
“Esses suprimentos médicos representam apenas uma gota d’água em um oceano de necessidades”, declarou Peeperkorn. Ele pediu por um aumento urgente na assistência disponível, destacando a necessidade de uma distribuição rápida e sem barreiras de material médico em Gaza, utilizando todas as rotas possíveis. O representante da OMS também trouxe à tona a situação crítica da rede de saúde na Cisjordânia, onde 71 das 559 instalações de saúde estão enfrentando limitações severas devido a barreiras físicas e insegurança. Desde outubro de 2023, foram documentados 844 ataques à rede de saúde nessa região, resultando em 31 mortes e 168 feridos.
Estamos diante de um cenário devastador que exige atenção e ação imediata. O que você pensa sobre a situação humanitária em Gaza e na Cisjordânia? Deixe seu comentário e compartilhe suas opiniões.