1 setembro, 2025
segunda-feira, 1 setembro, 2025

Onda de calor intenso na Europa mata 2,3 mil pessoas em 10 dias

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Onda de calor na Europa

Na última onda de calor que atingiu a Europa, o continente enfrentou um momento trágico: 2,3 mil vidas perdidas em apenas 10 dias. Entre 23 de junho e 2 de julho, 12 cidades experimentaram temperaturas extremas que romperam recordes, revelando o impacto devastador das mudanças climáticas. Destas, aproximadamente 1,5 mil mortes foram diretamente ligadas às alterações climáticas induzidas pela emissão de gases do efeito estufa provenientes da queima de combustíveis fósseis. Se não fosse por essa influência, especialistas estimam que o número de óbitos teria sido reduzido a cerca de 800.

Os pesquisadores do Imperial College de Londres, junto à Escola de Londres de Higiene e Medicina Tropical, afirmam que as mudanças climáticas intensificaram as ondas de calor, chegando a triplicar as fatalidades nesse período crítico. Cidades como Madrid, Barcelona, Lisboa, Londres e Frankfurt estavam, em média, 4 ºC acima do normal, enquanto locais em Espanha e Portugal registraram até 46 ºC. Na capital britânica, a sensação térmica superou os alarmantes 48 ºC.

A metodologia utilizada para calcular essas mortes foi baseada em modelos epidemiológicos e dados históricos que associam os óbitos ao calor extremo, incluindo agravamentos de condições pré-existentes. Muitas vezes, esses casos não são formalmente registrados, tornando as ondas de calor os chamados “assassinos silenciosos” do nosso tempo. “O efeito do calor pode ser invisível, mas suas consequências são, sem dúvida, devastadoras. Mudanças tão sutis quanto 2 ºC a mais podem determinar a vida ou a morte de milhares”, explica Ben Clark, líder do estudo.

Esta tragédia é especialmente preocupante quando se considera que idosos, crianças pequenas e pessoas com condições de saúde vulneráveis são os mais afetados. Além disso, o mês de junho de 2023 foi o mais quente já registrado na Europa Ocidental, com a temperatura do Mediterrâneo elevando-se a níveis recordes, contribuindo para situações ainda mais extremas. A previsão é que essas ondas de calor se tornem mais frequentes e intensas nos próximos anos, representando um desafio crescente para a saúde pública.

Incêndios florestais também ocorreram em várias partes da Europa, com Marselha, na França, enfrentando dificuldades significativas para controlar as chamas, resultando em feridos e evacuações. Um estudo recente indica que, em todo o continente, as ondas de calor teriam causado a morte de 61 mil pessoas em 2022, ressaltando a urgência da situação.

Essa realidade nos convida a refletir: como podemos nos preparar e agir frente a essa crescente ameaça? Compartilhe seus pensamentos e experiências nos comentários abaixo. Sua voz pode ser parte da mudança necessária para enfrentar os desafios climáticos que se avizinham.

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