18 julho, 2025
sexta-feira, 18 julho, 2025

ONU denuncia que 11,9 mil crianças foram mutiladas ou mortas em conflitos armados

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Crianças em conflito armado

Um relatório recente da Organização das Nações Unidas expõe um retrato devastador da violência contra crianças em conflitos armados, revelando que, em 2024, pelo menos 11.967 crianças foram vítimas de violações graves de direitos humanos. Este número alarmante representa um aumento de 25% em comparação a 2023, refletindo as condições cada vez mais letais nas zonas de guerra. Entre essas tragédias, 4.676 crianças foram assassinadas e 7.291 mutiladas, com ataques a escolas e hospitais emergindo como fatores principais para essa escalada de violência.

O relatório ainda traz à tona outras formas de abuso. Quase 8.000 crianças sofreram com a negação de acesso humanitário, enquanto cerca de 7.500 foram recrutadas ou usadas em combates. Casos de sequestro também alarmam, somando aproximadamente 4.500 incidências. Essas estatísticas não são apenas números: são vidas interrompidas e potencial humano desfalecido.

“Muitas crianças enfrentam incapacidades permanentes devido a munições explosivas, minas e fogo cruzado. A intensificação dos ataques a instalações civis aumentou exponencialmente a vulnerabilidade dessas crianças”, alerta o relatório. É crucial notar que, embora grupos armados não estatais sejam responsáveis por quase metade das violações, as forças governamentais lideram em términos de mortes e mutilações, além de restringirem o acesso humanitário.

Os dados mostram que os territórios mais atingidos incluem a Faixa de Gaza, onde mais de 8.500 violações foram registradas, e a República Democrática do Congo, com mais de 4.000 casos. Somália, Nigéria e Haiti também se destacam, cada uma com milhares de crianças afetadas pela violência. Essas estatísticas destacam a urgência de respostas direcionadas que considerem as especificidades de cada contexto.

O aumento de 35% nos casos de violência sexual é especialmente preocupante, com a ONU reportando um crescimento acentuado nos casos de estupro coletivo, sublinhando o uso da violência sexual como uma tática de guerra. Crianças, em sua vulnerabilidade, são frequentemente alvos estratégicos, utilizadas para controle territorial e como instrumentos de opressão.

Além disso, a negação de acesso humanitário atingiu um nível alarmante, com um número recorde de trabalhadores humanitários mortos em 2024, comprometendo ainda mais o apoio necessário nas regiões afetadas. As dificuldades em obter ajuda são uma realidade que compromete seriamente o acesso a cuidados de saúde, educação e proteção para as crianças.

Particularmente na Palestina e em Israel, as Nações Unidas documentaram 8.554 violações graves ocorrendo predominantemente entre crianças palestinas. Os números são impactantes, com 4.470 crianças mortas na Faixa de Gaza apenas neste ano. A ONU identificou várias fontes dessas violações, incluindo forças armadas israelenses, grupos não identificados e colonos.

Na República Democrática do Congo, as Nações Unidas confirmaram 4.043 violações, onde grupos armados como a milícia Raia recrutaram e usaram crianças em combate. Em meio a esse caos, as punições e mortes de crianças são frequentes, perpetuando um ciclo vicioso de violência.

A situação na Somália também permanece crítica, com a presença de grupos insurgentes contribuindo para uma crise humanitária sem precedentes, enquanto na Nigéria as condições de violência social e discriminação geram insegurança e sofrimento contínuo. Assim como no Haiti, onde a instabilidade política e a ação de gangues armadas se intensificam, as crianças permanecem como as principais vítimas.

Esses números e narrativas não podem ser ignorados. É responsabilidade de todos nós chamar a atenção para essa realidade brutal e lutar por soluções eficazes. Compartilhe sua opinião sobre o que deve ser feito para proteger nossas crianças, ou se você conhece alguma iniciativa positiva, deixe seu comentário. Sua voz é um passo importante na luta contra a violência e em favor dos direitos das crianças.

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