
O recente acidente que levou o corredor Emerson Pinheiro a amputar uma das pernas serve como um alerta sombrio sobre os riscos associados ao consumo de álcool. A experiência de Emerson, repleta de dor e limitações físicas, é um reflexo de uma sociedade que ainda reluta em impor restrições rigorosas a essa substância tão prevalente.
É surpreendente como as pessoas depositam confiança umas nas outras, enquanto condutores de veículos cada vez mais potentes, abastecidos por álcool e drogas, circulam perigosamente próximo a atletas e pedestres. Essa irresponsabilidade não é apenas uma questão de autocontrole: é uma questão de consequências que reverberam na vida de muitos.
Sabemos que a bebida pode prejudicar os reflexos, mas mesmo assim a escolha é feita. Apesar de consciências alarmadas, o fluxo do dia a dia, marcado pela acrasia, leva muitos a ignorar o risco que representam nas ruas. Aqueles que perdem uma parte significativa de si—como a perna de Emerson—não são apenas vítimas de um acidente; são vítimas de uma norma social que parece aceitar esses desastres como parte da vida.
A situação na Bahia é alarmante: com uma média de oito mortes diárias no trânsito, o clamor por mudanças é urgente. A educação para o trânsito precisa romper as barreiras do habitual e as campanhas de conscientização devem ser contínuas, e não meramente sazonais. Um controle mais rigoroso sobre a venda de bebidas alcoólicas nas estradas poderia ser um primeiro passo na direção certa.
A escolha por ignorar os riscos se torna uma opção pela morte. Diante desse cenário, aqueles que se preocupam com sua segurança são obrigados a se afastar das ruas, pois a evolução das tecnologias nos veículos não acompanha o desenvolvimento moral de quem os dirige.
Vamos refletir sobre essa realidade e agir. É hora de se posicionar contra a cultura da irresponsabilidade no trânsito. Compartilhe suas experiências e opiniões nos comentários!