17 julho, 2025
quinta-feira, 17 julho, 2025

Operadora alvo da PF esteve em reunião no INSS já sob Lula

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Prédio do INSS em Brasília

No cenário atual, uma operadora, apontada como peça central na chamada “farra do INSS”, está sob os holofotes da Polícia Federal. A advogada Cecília Rodrigues Mota participou de uma reunião na Diretoria de Benefícios do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) em setembro de 2024, em um momento crucial para entender as operações que vêm chamando a atenção da justiça.

Essa reunião, que ocorreu sob a direção de Vanderlei Barbosa dos Santos—nomeado pelo governo Lula—foi documentada em detalhes. O encontro, realizado em um formato híbrido, reuniu não apenas Cecília, mas também funcionários da Diretoria de Benefícios e representantes de diversas entidades mencionadas nas investigações da Operação Sem Desconto.

Cecília surgiu como uma figura-chave, recebendo montantes de associações e repassando a servidores do INSS. O registro de sua entrada no INSS, em 5 de setembro de 2024, revela a importância de sua presença em discussões que envolvem a validação de descontos aplicados a aposentados e pensionistas, prática que está sendo cuidadosamente investigada.

Os registros mostram que o encontro teve a apresentação do sistema Portal de Desconto de Mensalidade Associativa (PDMA) como um dos principais pontos da pauta, com participantes levantando questões sobre sua operacionalização e a integração com sistemas internos. Essa discussão crítica suscita dúvidas sobre a transparência e a regulamentação no setor.

As investigações indicam que mesmo antes de seu ingresso na reunião, Cecília já era vista como uma operadora ativa no esquema, com seu escritório aparentemente recebendo valores de associações sob suspeita e transferindo-os para entidades ligadas a familiares de servidores. Documentos da Operação Sem Desconto relataram que, em um total impressionante, um montante de R$ 14.081.937,35 foi movimentado entre associações e pessoas direta ou indiretamente ligadas a Cecília.

Esta trama se complica ao considerarmos que a advogada exerceu a presidência de duas associações ligadas ao INSS, em um período que coincide com a investigação. As provas e relatos levantados indicam que sua trajetória inclui movimentações financeiras incompatíveis com o que seria esperado para uma microempresa de advocacia.

Além disso, a Polícia Federal tomou conhecimento de um padrão de viagens que aponta para um estilo de vida que se distancia do normativo, com Cecília realizando 33 viagens internacionais em menos de um ano, contrastando com apenas oito viagens no ano anterior.

A defesa de Cecília se mantém cautelosa e opta por não se manifestar publicamente, afirmando que qualquer declaração oficial será feita apenas em juízo. Com tantas reviravoltas e possíveis ligações, a história ainda está em desenvolvimento, e as investigações continuam a desenrolar o que realmente está por trás das operações do INSS e o envolvimento de suas figuras centrais.

Quais são suas opiniões sobre este caso? Você acha que as investigações vão trazer à luz outras práticas questionáveis? Comente abaixo e participe da discussão!

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