14 agosto, 2025
quinta-feira, 14 agosto, 2025

“Opressor”, diz homem que viu ex-gerente de hotel humilhar colegas

Compartilhe

Um testemunho perturbador e uma luta pela dignidade

Em Brasília, um ex-funcionário do B Hotel, que optou por permanecer anônimo, revelou a sombría realidade vivida sob a gestão de Alfredo Stefani Neto, o ex-gerente-geral de 64 anos. Conhecido por seu comportamento opressivo, Alfredo é acusado de humilhar e discriminar seus colaboradores em um ambiente que deveria prezar pelo respeito e pela inclusão.

Embora não tenha sido diretamente alvo das ofensas, o ex-funcionário presenciou diversas ocasiões em que Alfredo agiu de maneira agressiva. Ele descreve momentos de intensa hostilidade, com gritos e batidas na mesa vindo da sala do gerente. “Ele era bastante duro com os outros gerentes, especialmente aqueles que trabalhavam mais perto dele”, relembra.

Esse clima de opressão era reforçado por práticas estranhas durante reuniões, como a exigência de deixar os celulares em uma caixa, dificultando qualquer registro do que ocorria. Além disso, em um evento entre gerentes, Alfredo fez comentários desdenhosos sobre uma colega, elogiando-a com uma referência discriminatória ao seu estado de origem.

“Houve um momento em que ele chamava um buraco na sala da gerente de ‘buraco da fulana’, insinuando algo sexual. Esse tipo de linguagem era recorrente”, relata o ex-funcionário, ao perceber quão arraigados estavam a hostilidade e o preconceito na cultura do hotel.

Além de sua postura discriminatória em relação a colegas, Alfredo ainda expressava desdém por hóspedes LGBTQIA+, reforçando um ambiente de exclusão. “Ele desmerecia a presença desse público, afirmando que não era apropriado para a imagem do hotel”, explica o testemunho.

Com medo constante de se tornar um alvo, o ex-funcionário decidiu deixar a empresa no ano passado, mas relatos de colegas sugerem que o comportamento de Alfredo continuou até sua demissão. O Ministério Público do Distrito Federal, diante das alegações, o denunciou por discriminação e ofensas, tornando-o réu por suas ações.

A investigação concluiu que Alfredo utilizava linguagem prejudicial, chamando vítimas de “nordestina burra” e desmerecendo indivíduos de diferentes orientações sexuais. Caso condenado, poderá enfrentar até 10 anos de prisão.

Uma resposta do B Hotel

Após tomar conhecimento das acusações, a administração do B Hotel comunicou a imediata demissão de Alfredo, implementando uma apuração interna rigorosa. Em sua declaração, afirmaram que as ações do ex-gerente não condiziam com os valores de respeito à diversidade e inclusão que norteiam a empresa.

Comprometida com a transformação, a gestão do hotel anunciou a adoção de medidas para melhorar as políticas internas, incluindo a contratação de consultores em diversidade e a realização de treinamentos obrigatórios.

Este caso nos lembra a importância de ambientes de trabalho respeitosos e inclusivos. Como você se posicionaria em uma situação semelhante? Deixe sua opinião nos comentários e faça parte desta conversa!

Você sabia que o Itamaraju Notícias está no Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.

Veja também

Mais para você