17 agosto, 2025
domingo, 17 agosto, 2025

Os dilemas de Bolsonaro e de Tarcísio de Freitas

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Dilemas de Bolsonaro e Tarcísio de Freitas

É impossível não imaginar a ambição de Tarcísio de Freitas em se tornar presidente em 2026. Ele já conta com uma base sólida de apoio: o eleitorado da direita, o empresariado paulista e o agronegócio, além de respaldo significativo da mídia. No entanto, a caminhada até a candidatura oficial exige muito mais do que reputação e apoio inicial; é um desafio que Tarcísio ainda não tem certeza se está disposto a enfrentar.

Historicamente, o cargo de governador de São Paulo é considerado um trampolim para a presidência. Porém, desde 1930, apenas Jânio Quadros, em 1960, e Fernando Collor de Alagoas conseguiram esse feito. O restante foi marcado por tentativas e derrotas, com ex-governadores lutando para alcançar a tão almejada cadeira presidencial, como Ciro Gomes, que já concorreu quatro vezes sem sucesso. Outras tentativas frustradas incluem políticos como Leonel Brizola, José Serra e Geraldo Alckmin, todos com múltiplas candidaturas e resultados desapontadores.

O cenário se complica ainda mais quando se considera a influência de Jair Bolsonaro. A escolha do candidato a ser apoiado por Bolsonaro será crucial para o futuro político de Tarcísio. As possibilidades incluem um de seus filhos ou, quem sabe, o próprio Tarcísio. As pesquisas mostram que Michelle Bolsonaro, a esposa de Jair, possui um potencial eleitoral considerável, mas a expectativa de uma mulher líder entre evangélicos ainda é controversa. Para muitos, o papel da mulher deve ser secundário ao do homem.

Por outro lado, Bolsonaro não parece totalmente confiante em apoiar Tarcísio. Há um receio de que, caso o governador se torne presidente, ele possa buscar independência e até uma ruptura com o ex-presidente. Tarcísio, com sua formação militar, tem uma visão distinta sobre os políticos, tratando civis como “paisanos” e expressando uma nítida aversão ao jogo político tradicional.

A presidência de Tarcísio poderia ainda simbolizar um alinhamento entre Brasil e Estados Unidos, agradando figuras como Donald Trump, que utiliza Bolsonaro como uma peça estratégica contra o retorno de Lula ao poder. Entretanto, questões de aposentadoria também pesam sobre os ombros de Bolsonaro, que precisa decidir se vai se distanciar da política ao apoiar um candidato que poderia se reeleger.

Nesse dilema, ambos parecem estar em uma encruzilhada. Tarcísio se pergunta se deve arriscar uma candidatura sem o apoio de Bolsonaro, enquanto Bolsonaro reflete sobre o significado de apoiar um político que pode, no futuro, ser mais um rival do que um aliado. O futuro político desses dois personagens poderá redefinir a trajetória do Brasil nos próximos anos.

Qual sua opinião sobre essa dinâmica entre Bolsonaro e Tarcísio? Você acredita que Tarcísio deve se candidatar sem o apoio de Bolsonaro? Deixe seu comentário!

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