25 setembro, 2025
quinta-feira, 25 setembro, 2025

Pagodeiro do PCC e ex-vereador são condenados por fraude em licitações

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Gabriel dos Santos, presidente da Câmara de Arujá

Na última terça-feira, uma decisão impactante do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) condenou o ex-vereador Gabriel dos Santos, também conhecido como Gabriel de Arujá, e o empresário Vagner Borges Dias, famoso como Latrell Brito, por sua participação em um esquema de fraude envolvendo contratos públicos. Com mais de seis cúmplices, todos foram implicados em práticas que favoreciam o Primeiro Comando da Capital (PCC).

O juiz Guilherme Lopes Alves Pereira afirmou que Gabriel foi responsável por vários crimes, incluindo fraude em contratos, corrupção passiva e manipulação de licitações. A pena, impressiva, é de 28 anos e 7 meses de reclusão em regime fechado, além de uma multa significativa a ser paga.

Latrell Brito, descrito como o chefe do esquema, recebeu uma pena ainda maior: 30 anos de prisão. Ele já se encontra detido desde janeiro deste ano, acusado de crimes adicionais. Outro condenado, Jesus Cristian Ermendel dos Reis, ex-servidor da Câmara, recebeu uma sentença de 16 anos, enquanto os empresários Antônio Carlos de Morais e Wellington Costa foram condenados a 14 e 12 anos, respectivamente.

Joyce da Silva Caetano, rotulada como a “laranja” do esquema, ficou com uma pena de 5 anos por emprestar seu nome para a abertura de empresas, e Leanide Andrade Reis, tesoureira do grupo, foi condenada a mais de 16 anos. Wagner Sandim da Silva, também envolvido, teve sua pena extinta após sua morte, apesar de ser condenado por corrupção ativa qualificada.

Investigações do Ministério Público de São Paulo (MPSP) revelaram que as empresas operavam de maneira sistemática para eliminar a competição nos processos de contratação de mão de obra terceirizada. Os esquemas envolviam simulações de concorrência entre empresas conectadas ou de um mesmo grupo econômico, além de corrupção de agentes públicos e políticas, exposição de fraudes documentais e lavagem de dinheiro. Estima-se que as empresas do grupo tenham obtido contratos públicos superiores a R$ 200 milhões nos últimos anos.

O MPSP destacou que, ao longo das legislaturas, Gabriel manteve “íntimo contato” com Vagner e outros denunciados, estabelecendo uma relação que transcendeu o que poderia ser considerado uma relação republicana. Essa dinâmica incluiu a troca de mensagens que indicam a entrega de valores em troca de tratamento favorável nas decisões administrativas. Mensagens trocadas nos dias de pagamento revelam um padrão preocupante, onde a corrupção florescia em meio a um enredo de conivência.

Com tantas revelações de um esquema profundamente enraizado na corrupção, a questão permanece: como a sociedade pode assegurar que a justiça prevaleça e que esse ciclo vicioso seja rompido? Compartilhe sua opinião e vamos discutir! Sua voz é essencial para a construção de um futuro melhor.

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