20 julho, 2025
domingo, 20 julho, 2025

Pai de PM que matou policial civil está preso por assassinar inocente

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Na sombria história que se desenrola em torno da violência policial, o caso do cabo Mario Augusto Mendes, pai do sargento Marcus Augusto Costa Mendes, ganha destaque. Mario, atualmente preso no Presídio Romão Gomes, foi condenado por assassinar um inocente em janeiro de 2019. Na época, ele era lotado no 50º Batalhão da Polícia Militar, em Marsilac, São Paulo, e alegava ter agido em legítima defesa durante um suposto assalto.

A situação ocorreu numa noite fatídica, quando, ao parar para urinar em uma rua deserta, Mario foi surpreendido por dois jovens. Armado, ele disparou contra Sidney da Silva Araújo, um estudante de 23 anos, e Klayton dos Santos Ventura, de 19. A narrativa inicial do PM se deteriorou ao longo da investigação, que revelou que ambos eram inocentes e não estavam armados. Sidney morreu no local, enquanto Klayton sobreviveu, apenas para ser preso temporariamente, antes de provar sua inocência.

O Ministério Público de São Paulo apontou que Mario teria reagido ao que considerou uma afronta de Sidney, que o havia repreendido após flagrar Mario em uma situação embaraçosa. O relato da mulher envolvida na cena confirmou essa versão, adicionando camadas de tragédia ao evento. Mario, casado e pai de quatro filhos, incluindo Marcus, na época com 19 anos, viu sua vida desmoronar após esses acontecimentos.

Acusado de homicídio qualificado e tentativa de homicídio, Mario foi condenado a 23 anos de prisão em regime fechado. A defesa alegou legítima defesa e tentou justificar o uso de força letal alegando que apenas quatro disparos foram efetuados, mas a corte não se deixou enganar pelas suas justificativas.

A história se complica ainda mais com a recente tragédia envolvendo seu filho. O sargento Marcus Augusto Costa Mendes, afastado das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), é agora investigado por homicídio qualificado após disparar contra o policial civil Rafael Moura, que estava em serviço. O episódio, ocorrido em julho, levantou questões sobre o protocolo e o uso da força, enquanto as imagens da bodycam dos envolvidos permanecem em sigilo.

Este ciclo de violência e erro judicial gera discussões intensas sobre a responsabilidade dos agentes de segurança pública e a brutalidade policial. O que pode ser feito para evitar que casos tão trágicos se repitam? A sua opinião é fundamental. Deixe seu comentário abaixo e participe dessa discussão.

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