O clima de tensão em torno da COP30, marcada para acontecer em Belém, no Pará, ganhou novos contornos. Em uma declaração impactante, o presidente da conferência, André Corrêa do Lago, revelou que mais de 25 países expressaram sua preocupação. A razão? Os preços exorbitantes das diárias de hotéis na região, que estão até 10 vezes superiores ao convencional.
Essas preocupações foram formalizadas em uma carta enviada à organização do evento, e refletiram um sentimento de revolta, especialmente entre nações em desenvolvimento. Representantes de várias regiões, em um encontro promovido pela Associação de Correspondentes Estrangeiros e o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás, exigiram alternativas para que a conferência não seja transferida.
Embora o governo brasileiro esteja trabalhando para dialogar com os hotéis e negociar a diminuição dos preços, a legislação atual não permite que sejam impostos limites. “Os esforços continuam, mas temo que os hotéis não estejam plenamente cientes do impacto que estão causando”, apontou Lago.
Recentemente, o Planalto se reuniu para discutir os problemas relacionados à hospedagem e os preços excessivos que estão afastando delegações internacionais. O chefe do Grupo de Negociadores Africanos, Richard Muyungi, ainda solicitou uma resposta do governo até 11 de agosto, reforçando que o Brasil possui muitas alternativas para garantir uma COP mais inclusiva e acessível.
A possibilidade de retirar o evento de Belém, que já foi mencionada em reuniões preparatórias na Alemanha, destaca as urgências que o Brasil enfrenta na organização dessa conferência global. Diante desse cenário, fica a questão: qual será a próxima movimentação do governo para evitar que a COP30 saia do Pará? Compartilhe sua opinião nos comentários.