3 setembro, 2025
quarta-feira, 3 setembro, 2025

PCC planejou usar arma que derruba até avião para matar promotor de SP

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Em um intricado plano que revela os perigos dentro do submundo do crime, o empresário José Ricardo Ramos viajou para Goiás, buscando uma Hilux SW4 blindada adaptada para um assassinato sorrateiro: o promotor de Justiça Amauri Silveira Filho, responsável por operações contra o crime organizado em Campinas. A astúcia do crime foi descoberta a tempo, impedindo que um ataque devastador fosse consumado.

Documentos do Gaeco, obtidos pelo Metrópoles, detalham o macabro plano, que incluía a alteração das placas do veículo e a remoção do banco traseiro para acomodar uma metralhadora calibre .50. Este tipo de armamento é conhecido por sua letalidade, capaz de abater até aeronaves. Estrategicamente, essa arma já havia sido utilizada pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) na execução do narcotraficante Jorge Rafaat Toumani, um dos criminosos mais influentes na fronteira entre o Brasil e o Paraguai.

Nas investigações, ficou claro que a motivação por trás do assassinato era uma retaliação. O empresário Maurício Zambaldi, conhecido como Dragão, sofrera perdas significativas após a Operação Linha Vermelha, e buscava vingança contra aqueles que haviam afetado seus interesses. Tanto Dragão quanto José Ricardo eram suspeitos de laços com o PCC, evidenciando um entrelaçamento perigoso entre crime e poder.

O plano se adensa com a revelação de laços de Dragão com Sérgio Luiz de Freitas Filho, o Serginho Mijão, uma figura proeminente entre os líderes do PCC. Foragido e considerado altamente perigoso, Mijão e Dragão mantinham contato frequente, facilitando a ocultação de bens e a movimentação de valores ilícitos. Após a operação policial, Dragão transferiu propriedades para um funcionário de Mijão, reforçando a ideia de uma cooperação mútua dentro da organização criminosa.

Orientado por Zambaldi e Mijão, José Ricardo, um morador do luxuoso Alphaville em Campinas, tornou-se a peça-chave no plano assassinato. Com um passado criminal que inclui homicídio e roubo, ele utilizou os lucros da venda de cargas roubadas de agrotóxicos para financiar a execução, sendo pago com um Porsche de R$ 1 milhão para estruturar o ataque. Para isso, ficou responsável por monitorar a rotina do promotor, identificando os locais que ele frequentava, enquanto tentava contratar pistoleiros, até mesmo do Rio de Janeiro.

A vigilância foi intensificada com a ajuda de Thiago Salvador, um dono de estacionamento, que forneceu informações sobre a rotina do promotor, incluindo sua academia. Graças a essa rede de informações e à determinação de José Ricardo, o plano estava prestes a ser colocado em prática, até que o Gaeco interveio, prendendo ambos os envolvidos na última sexta-feira (29/8) e mantendo-os sob custódia.

Amauri Silveira Filho, o promotor visado, é amplamente reconhecido por sua atuação rigorosa em investigações de corrupção e tráfico de drogas, e a descoberta deste plano de assassinato destaca não apenas o risco que ele enfrenta, mas a magnitude do crime organizado em sua região. O Gaeco, em colaboração com a polícia, desmantelou essa operação criminosa em um tempo crítico, salvando uma vida potencialmente ameaçada.

Diante dessa exposição chocante do crime organizado e os desdobramentos que cercam essa história, como a sociedade pode se mobilizar para enfrentar tais ameaças? Deixe sua opinião nos comentários abaixo e participe dessa discussão crucial.

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