5 setembro, 2025
sexta-feira, 5 setembro, 2025

Peeling de fenol: decisão que pode levar influencer a júri é adiada

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O desfecho do caso da influenciadora Natália Becker, conhecida por seu trabalho em estética, continua aguardando uma decisão crucial. O Tribunal de Justiça de São Paulo adiou a data que poderia levá-la a um júri popular, após um trágico incidente em sua clínica, onde o empresário Henrique da Silva Chagas, de apenas 27 anos, faleceu durante um procedimento de peeling de fenol em junho do ano passado.

Na última audiência, realizada no dia 11 de julho, em São Paulo, 12 testemunhas deveriam ser ouvidas. Contudo, a ausência de três delas obrigou o tribunal a reagendar a continuação das oitivas para 18 de dezembro. O juiz vai avaliar as evidências coletadas antes de decidir se houverá um julgamento por parte do Tribunal do Júri, onde jurados determinarão a culpabilidade de Natália.

O procedimentos de peeling de fenol, que exige cuidado extremo e deve ser realizado por um médico qualificado, não ocorria em condições adequadas na clínica de Natália. A falta de formação profissional da influenciadora a torna alvo de acusação de homicídio simples. De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, a monitorização dos sinais vitais dos pacientes é essencial em tais intervenções.

Henrique sofreu uma parada cardiorrespiratória devido ao edema pulmonar agudo causado pela inalação de fenol, uma substância altamente corrosiva utilizada em tratamentos de rejuvenescimento. Sem o devido cuidado, a tragédia resultou não apenas na perda de uma vida, mas também na abertura de novas discussões sobre a regulamentação de procedimentos estéticos.

Relembrando a linha do tempo deste caso: Natália começou um curso online sobre peeling de fenol em junho de 2023, enquanto Henrique foi atendido por ela no ano seguinte. Após o procedimento, Henrique apresentou sintomas alarmantes e, em poucas horas, faleceu. Natália não estava presente para prestar socorro quando as autoridades chegaram.

Duas dias após a morte, Natália concluiu parte do curso, levantando questões sobre sua preparação e treinamento. Em seu depoimento, ficou evidente que não havia protocolos de segurança adequados na clínica, nem mesmo equipamentos de primeiros socorros. O inquérito policial subsequentemente confirmou a negligência diante da situação crítica enfrentada por Henrique.

A defesa de Natália reiterou sua confiança na justiça, ressaltando a importância dos depoimentos ausentes. A advogada, Tatiana Forte, deixou claro que, embora o processo continue, Natália está colaborando em todas as etapas, sempre respeitando a memória da vítima e buscando verdadeiramente esclarecer os fatos.

O que você pensa sobre a responsabilidade em procedimentos estéticos? Deixe sua opinião nos comentários! Sua voz é importante nesse debate que envolve segurança e ética na área da saúde.

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