23 outubro, 2025
quinta-feira, 23 outubro, 2025

Pelúcias do PCC: entenda papel de irmãs em esquema alvo de operação

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Operação PlushA operação realizada pelas autoridades de São Paulo, em 22 de outubro, illustra a profundidade da teia de crimes envolvendo o Primeiro Comando da Capital (PCC). O alvo? Um esquema de lavagem de dinheiro encabeçado por duas mulheres ligadas a Cláudio Marcos de Almeida, conhecido como Django, uma figura central no tráfico de drogas antes de ser executado pelo PCC em 2022.

Na Operação Plush, realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), Polícia Civil e Secretaria de Estado da Fazenda, autoridades cumpriram mandados de busca e apreensão em relação a Natalia Stefani Vitoria, ex-parceira de Django, e Priscila Carolina Vitoria Rodriguez Acuna, sua ex-cunhada. As investigações indicam que Natalia e Priscila foram instrumentais na lavagem de capitais utilizando lojas de brinquedos como fachada.

A conexão com Django surgiu em investigações anteriores — a Operação Fim da Linha, que revelou um esquema de infiltração do PCC no transporte público de São Paulo em 2024. Ele emergiu como um dos principais cotistas da UpBus, uma empresa de ônibus utilizada pela facção para movimentar recursos ilícitos.

O Ministério Público alegou que Priscila adquiriu cotas da UpBus, totalizando R$ 494 mil, um montante que ultrapassava sua capacidade econômica. A quebra fiscal das irmãs revelou uma atividade suspeita: lojas de brinquedos que, ao contrário da expectativa, apresentavam dividendos inconsistentes e uma aparente riqueza que não correspondia a um faturamento legítimo.

A análise das finanças mostrou que, entre 2017 e 2024, Priscila teve movimentações superiores a R$ 9 milhões, incluindo R$ 400 mil em depósitos irregulares. Natalia, por sua vez, recebeu 156 depósitos symptomáticos, totalizando cerca de R$ 230 mil. Adicionalmente, fatos como a residência em imóvel não registrado em seu nome e pagamentos de taxas condominiais em nome de outras pessoas gerararam suspeitas sobre a origem dos recursos.

“Verifica-se, portanto, que são contundentes os indícios da prática do crime de lavagem de capitais pelas investigadas, observando-se a presença das mais variadas tipologias indicadas”, concluiu o Ministério Público.

Django, assassinado em 2022, foi envolvido em disputas internas do PCC, encontrado em circunstâncias macabras sob o viaduto Vila Matilde. Seu assassinato, após ser condenado pela facção, exemplifica a brutalidade e complexidade das dinâmicas de poder dentro do crime organizado.

Além dos mandados de busca, a Justiça bloqueou bens e valores que somam R$ 4,5 milhões, garantindo que possíveis danos financeiros sejam reparados. A rede Criamigos insistiu na sua impessoalidade frente à Operação Plush, afirmando que estão dispostos a colaborar com as investigações, reafirmando seu compromisso com a transparência.

O desfecho dessa operação não apenas revela a intrincada rede de crimes, mas também destaca a necessidade de vigilância contínua na luta contra a lavagem de capitais. E você, o que pensa sobre as medidas tomadas contra grupos criminosos desse tipo? compartilhe suas ideias nos comentários!

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