7 setembro, 2025
domingo, 7 setembro, 2025

Perigo: acidentes domésticos com crianças crescem 8% na Bahia

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Dados da Aldeias Infantis SOS revelam que afogamentos foram a maior causa de óbitos em 2023

Jackson Souza*

05/09/2025 – 4:24 h

Crianças brincam em piscina sem equipanentos pessoais ou supervisão de adulto

Crianças brincam em piscina sem equipamentos de segurança ou supervisão –

O número de acidentes envolvendo crianças e adolescentes na Bahia aumentou 8% de 2023 para 2024, saltando de 8.520 para 9.114 casos, segundo um levantamento da Aldeias Infantis SOS. Este aumento preocupante coloca o estado no centro da questão, refletindo 7,5% de todos os acidentes do país, com uma média alarmante de 26 registros diários.

As quedas lideram a estatística, contribuindo com 57% dos acidentes, seguidas por queimaduras (16%), acidentes de trânsito (9%) e intoxicações (2%). As causas mais graves, como afogamentos, sufragação e outros incidentes, somam 16%. Este estudo, fundamentado em dados do DataSUS, engloba crianças e adolescentes de 0 a 14 anos e revela que, em todo o Brasil, cerca de 121.933 acidentes ocorreram no último ano.

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Evitar riscos

“Todo acidente é evitável. A prevenção, embora seja a parte mais barata, ainda não é uma cultura estabelecida”, enfatiza Gilvan Rodrigues, capitão do Corpo de Bombeiros da Bahia. Essa realidade ficou dolorosamente clara para Letícia da Paixão, mãe do pequeno Gabriel, de 7 anos. Ela reviveu momentos de desespero quando seu filho caiu de bicicleta em uma rua movimentada: “Ele estava desfalecendo, ensanguentado e sem fôlego. Vigilância é fundamental, principalmente no caso dele, que é autista.”

Estudos do Instituto Bem Cuidar, vinculado às Aldeias Infantis SOS, revelam que 73% dos acidentes ocorreram entre crianças de 5 a 14 anos. Essa faixa etária reflete um aumento na independência, o que, por vezes, resulta em riscos inesperados. A pediatra Kátia Batista alerta sobre a inexperiência de muitos pais jovens, ressaltando que uma grande parte das crianças é gerada em situações de gravidez na adolescência, o que traz desafios adicionais para a prevenção.

“Esses pais muitas vezes desconhecem medidas de segurança, como a atenção redobrada ao cozinhar. Um pequeno descuido pode resultar em ferimentos graves”, explica Kátia, enfatizando a necessidade de conscientização.

Maior causa de óbitos

Os dados sobre óbitos alarmam: entre 2022 e 2023, houve um aumento de 7% nos registros, subindo de 193 para 207. O afogamento figura como a principal causa de morte, representando 36% dos óbitos, mesmo não constando entre as principais causas de acidentes não intencionais. A maioria dos afogamentos ocorre em ambientes domésticos, onde a confiança dos pais pode ser enganadora.

Rildo Oliveira, síndico de diversos condomínios, reforça a importância de medidas de proteção nas áreas comuns. “Implementamos ações básicas de segurança, mas a negligência dos pais pode recair sobre a administração, por isso, é vital manter a vigilância.”

Além dos afogamentos, os acidentes de trânsito causaram 63 óbitos (30%) e a sufocação somou 33 registros (16%). Crianças de 1 a 9 anos formam a maior parte das vítimas fatais, gerando um total de 58% das mortes relacionadas a acidentes.

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