A Petrobras alcançou um montante impressionante de R$ 131,7 bilhões em tributos no primeiro semestre de 2025. Este dado, revelado em um recente relatório fiscal, indica uma leve redução de 4,5% em comparação aos R$ 137,9 bilhões pagos no mesmo período do ano passado. Embora esses números sejam significativos, vale lembrar que não levam em conta a inflação acumulada, que, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foi de 5,35% nos 12 meses anteriores a junho de 2025.
Esse valor total abrange não apenas impostos e contribuições destinados à União, estados e municípios, mas também as participações governamentais. Essas participações se referem principalmente aos royalties pela exploração de petróleo e à participação especial (PE), uma compensação aplicada em campos de petróleo com alta produção. A União, por exemplo, recebeu R$ 77,1 bilhões, sendo R$ 45,3 bilhões de tributos federais e R$ 31,8 bilhões em participações governamentais. Parte desse montante é redistribuído pelo governo para estados e municípios, reforçando o impacto direto da Petrobras na economia local.
Até o momento, o que a companhia descreve representa 5,4% da arrecadação federal total, apresentando uma diminuição de 11,9% em relação ao mesmo período de 2024. Essa queda é particularmente notável nos tributos sobre o lucro (IRPJ e CSLL) e no faturamento (PIS e Cofins). Por outro lado, é importante salientar que o total pago em participações governamentais aumentou 3% em comparação ao ano anterior.
No que diz respeito às unidades federativas, a Petrobras contribuiu com R$ 53,6 bilhões, o que corresponde a 12% da arrecadação total dos estados. Este valor representa um crescimento de 7,8% em relação ao primeiro semestre de 2024, impulsionado pelo aumento da cobrança do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para combustíveis, que entrou em vigor em 1º de fevereiro. Em 20 estados, a contribuição da Petrobras supera 10% da arrecadação de ICMS.
Nos dados absolutos, os estados que mais receberam tributos da Petrobras são:
- 1º) São Paulo: R$ 11,3 milhões
- 2º) Minas Gerais: R$ 7,3 milhões
- 3º) Rio de Janeiro: R$ 4,3 milhões
- 4º) Rio Grande do Sul: R$ 4,3 milhões
- 5º) Paraná: R$ 3,3 milhões
Apenas para contextualizar, Mato Grosso do Sul, embora seja o nono estado em arrecadação da Petrobras (R$ 2,6 milhões), depende em mais da metade de sua receita proveniente da estatal. Os rankings de participação da Petrobras na arrecadação estadual revelam:
- 1º) Mato Grosso do Sul: 52,8%
- 2º) Rondônia: 24,8%
- 3º) Paraíba: 24,5%
- 4º) Goiás: 20,9%
- 5º) Ceará: 19,2%
Enquanto isso, em São Paulo, que lidera a arrecadação geral, apenas 10,2% de sua receita é oriunda da Petrobras. Além disso, os municípios brasileiros receberam R$ 1 bilhão no primeiro semestre de 2025, predominantemente advindo do Imposto sobre Serviços (ISS) e do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU), um aumento considerável em relação aos R$ 0,7 bilhão registrados no mesmo período de 2024.
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