Na trilha da política internacional, a Polícia Federal do Brasil revelou detalhes intrigantes sobre um diálogo entre o ex-presidente Jair Bolsonaro e o advogado Martin de Luca, representante das empresas Rumble e Trump Media & Technology. Em um relatório publicado no dia 20 de agosto, a PF elucida que as conversas entre Bolsonaro e de Luca indicam uma clara subordinação do ex-mandatário às intenções de um grupo estrangeiro, em busca de apoio para causas pessoais.
Um dos momentos mais reveladores ocorreu quando Bolsonaro solicitou a ajuda do advogado de Trump para redigir um texto em resposta ao aumento de tarifas dos EUA sobre produtos brasileiros. Em um áudio, ele pediu orientação para expressar gratidão a Trump, ressaltando que “a liberdade está muito acima da questão econômica” e pedindo elogios ao presidente americano.
Além disso, as mensagens entre os dois incluem trocas de links com declarações na mídia que atacam o judiciário brasileiro, principalmente o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em um desses diálogos, Bolsonaro chegou a afirmar que poderia contatar de Luca “quando desejasse”, evidenciando uma relação próxima, com uma conversa extensa de mais de oito minutos ocorrendo em 15 de julho.
A Polícia Federal considera que esses diálogos demonstram uma tentativa de Bolsonaro de evitar o julgamento relacionado à sua tentativa de golpe de Estado em 2022. O relatório afirma:
“Foi identificado que o ex-presidente Jair Bolsonaro atuou de forma subordinada às pretensões de um grupo estrangeiro, buscando apoio para implementar ações criminosas que visavam coagir membros da Suprema Corte e impedir o pleno exercício do Poder Judiciário.”
Recentemente, Jair Bolsonaro e seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, foram indiciados pela PF por suspeita de coação em relação àquela tentativa de golpe, indicando uma atuação conjunta com o governo dos EUA para obter retaliações contra autoridades brasileiras, influenciando o julgamento do ex-presidente. Essa situação destaca a gravidade das ações de Bolsonaro, que é apontado como líder de uma organização criminosa que tentou desestabilizar a democracia no Brasil em 2022.
Queremos saber sua opinião! O que você pensa sobre a influência de grupos estrangeiros na política brasileira? Deixe seu comentário abaixo.