
O Brasil registou um crescimento de 0,4% no Produto Interno Bruto (PIB) durante o segundo trimestre de 2025, em comparação aos primeiros três meses do ano. Esse dado, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (2), reflete uma desaceleração em relação ao crescimento de 1,3% do primeiro trimestre. Em uma análise ano a ano, o PIB apresentou uma alta de 2,2% em relação ao mesmo período de 2024, totalizando R$ 3,2 trilhões, o maior nível desde o início da série histórica do IBGE em 1996.
Na análise setorial, os serviços mostraram um crescimento de 0,6%, enquanto a indústria cresceu 0,5%, destacando a indústria extrativa com um aumento expressivo de 5,4%— a maior desde o terceiro trimestre de 2019, impulsionada pelo aumento na extração de petróleo, gás e minério de ferro. Por outro lado, a agropecuária teve uma leve queda de 0,1%, após um impressionante salto de 12,3% no primeiro trimestre. Dentro do setor de serviços, as atividades financeiras e de seguros cresceram 2,1%, enquanto transporte e armazenagem aumentaram 1%.
Por outro lado, o consumo das famílias cresceu 0,5%, embora abaixo do avanço de 1% do trimestre anterior. O consumo público, por sua vez, caiu 0,6%, e os investimentos produtivos tiveram uma retração de 2,2%, marcando a primeira queda em seis trimestres consecutivos. De acordo com o IBGE, a economia brasileira, embora desafiada por juros elevando, mantém um cenário “resiliente”, sustentada por um mercado de trabalho robusto e políticas de transferência de renda.
O mercado financeiro projeta um crescimento de 2,19% para o PIB em 2025, enquanto o Ministério da Fazenda estima uma alta de 2,5%. No entanto, especialistas alertam para a importância de um equilíbrio fiscal e para possíveis impactos de medidas internacionais, como taxas adicionais dos Estados Unidos. Como você vê o futuro da economia brasileira? Compartilhe suas opiniões e comentários!