No drama político que se desenrola nos corredores do Congresso, uma nova reviravolta se aproxima. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), prometeu pautar, já no dia 1º de outubro, a reforma do Imposto de Renda. Mas, nos bastidores, o Palácio do Planalto mantém os olhos atentos. Membros da equipe do presidente Lula acreditam que o clima é favorável, porém, as lições do passado ainda ecoam como um alerta.
O governo não quer ser surpreendido novamente, especialmente após a recente derrubada do decreto do IOF, que pegou muitos de surpresa. Essa experiência fez com que a equipe de Lula adotasse uma postura proativa, monitorando cuidadosamente o avanço da proposta na Câmara. Com Arthur Lira (PP-AL) como relator, a aposta se torna uma importante estratégia para elevar a popularidade da administração.
Hugo Motta, no entanto, já é um personagem envolto em polêmicas. Recentemente, ele surpreendeu o Planalto ao pautar um decreto legislativo com a intenção de revogar alterações nas alíquotas do IOF, gerando uma tensão inesperada após uma reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Os ânimos se aquecem ainda mais com a articulação de Renan Calheiros (MDB-AL), que tenta emplacar uma “reforma paralela” na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. Lira, visivelmente irritado, se manifestou em suas redes sociais, destacando a importância do diálogo em prol da isenção do Imposto de Renda.
“O texto da isenção do Imposto de Renda foi elaborado com muito diálogo entre todos, que deixaram suas diferenças de lado para construir um projeto importante para o Brasil. É reprovável que alguns oportunistas queiram fazer politicagem com o projeto de isenção do IR”, desabafou Lira.
Entretanto, o caminho da reforma não é desprovido de obstáculos. O “PL da Dosimetria”, que pretende substituir a anistia para envolvidos em questões polêmicas, representa um novo desafio. Durante uma reunião na quarta-feira com a bancada do PT, o relator demonstrou insatisfação com a postura do partido em relação à PEC da Blindagem. A votação do Imposto de Renda pode estar atrelada à votação deste projeto complicado.
Diante deste cenário turbulento, o próprio Hugo Motta desmentiu rumores sobre a condicionalidade entre a votação do IR e o “PL da Dosimetria”. Com a agenda definida e datas marcadas, a expectativa é alta para os próximos dias.
Como essa história se desenrolará? O que você acha que vai acontecer na votação da reforma do Imposto de Renda? Compartilhe suas opiniões e não hesite em nos contar o que pensa sobre essa nova fase do político brasileiro!