27 outubro, 2025
segunda-feira, 27 outubro, 2025

Planeta é consumido aos pedaços por estrela anã branca “zumbi”

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LSPM J0207+3331, localizada a cerca de 145 anos-luz da Terra, na constelação do Triângulo, é a anã branca mais antiga e fria conhecida. Crédito: Centro de Voos Espaciais Goddard da NASA/Scott Wiessinger

Imaginemos um cenário a 145 anos-luz de distância, onde uma estrela anã branca, LSPM J0207+3331, devora fragmentos de um planeta há muito extinto. Reportado no The Astrophysical Journal, esse achado intrigante revela um espetáculo cósmico de “canibalismo” planetário, o que deixa os cientistas em busca de respostas sobre o destino dos sistemas estelares após a morte de suas estrelas centrais.

Observações recentes, realizadas com telescópios de ponta no Chile e no Havaí, mostraram que a anã branca está engolindo detritos rochosos, um evento que, aparentemente, ainda está em curso. Os cientistas embarcaram em uma jornada de descoberta que os levou a identificar 13 elementos se assemelhando aos encontrados na Terra, uma verdadeira impressão digital química das forças de maré em ação.

Os dados evidenciam um disco de detritos rico em silicatos envolvendo a anã branca, sugerindo que o fragmento em questão, um corpo de cerca de 200 km de diâmetro, está sendo consumido por forças poderosas e contínuas, resultado de uma dança orbital instável que desafia nossas noções do que está por vir após a morte de uma estrela.

Patrick Dufour, do Instituto Trottier de Pesquisa em Exoplanetas, enfatiza a importância desse achado, que não apenas lança luz sobre o comportamento das anãs brancas, mas também questiona se afinal o “gotejamento” contínuo de detritos realmente cessa após bilhões de anos. Os resultados sugerem que a coleta de fragmentos planetários pode persistir muito além do que imaginávamos.

Mas o que causou esta recente transformação? Uma hipótese intrigante é que planetas gigantes sobreviventes possam estar perturbando essa dança cósmica, comprimindo e empurrando fragmentos em direção à anã branca. John Debes, do Instituto de Ciência do Telescópio Espacial, comenta que essa nova perspectiva pode revelar segredos sobre dinâmicas ainda não compreendidas em ambientes estelares.

As futuras observações com o Telescópio Espacial James Webb e a missão Gaia têm o potencial de desvendar ainda mais sobre essa “arqueologia planetária”, mostrando que a vida de sistemas estelares pode seguir ativa muito tempo após a morte de sua estrela-mãe. Cada fragmento, uma nova história; cada detrito, um sinal de que mesmo no fim há novas oportunidades de renascimento cósmico.

Curioso sobre as maravilhas do universo? Compartilhe seus pensamentos e reflexões nos comentários! Como você vê a continuidade da vida estelar após a morte das estrelas? Vamos debater!

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