1 outubro, 2025
quarta-feira, 1 outubro, 2025

Plano de paz de Trump adia decisão da Uefa sobre possível exclusão de Israel

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O anúncio de um plano de paz para encerrar a guerra na Faixa de Gaza, feito na última segunda-feira (29) pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, levou a Uefa a suspender temporariamente a votação que decidiria sobre a exclusão de Israel de suas competições. Segundo o jornal The Times, a entidade considerou que não seria o momento adequado para deliberar sobre o tema, a fim de dar espaço à proposta americana.

O plano, elaborado em conjunto com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reúne 20 pontos, incluindo um cessar-fogo permanente, a libertação de reféns mantidos por ambos os lados, a formação de um governo palestino transitório sob supervisão internacional, a exclusão do Hamas da administração local e o compromisso de que Israel não anexará Gaza.

A iniciativa recebeu apoio de oito países árabes — Catar, Arábia Saudita, Egito, Jordânia, Emirados Árabes Unidos, Paquistão, Indonésia e Turquia — que classificaram o documento como um “esforço sincero” para abrir caminho à paz.

A Uefa vinha sendo alvo de forte pressão internacional pela exclusão de Israel, em movimento comparado ao banimento da Rússia após a invasão da Ucrânia, em 2022. Especialistas independentes da ONU, além das federações da Turquia e da Noruega, já haviam defendido a suspensão. A presidente da federação norueguesa, Lise Klaveness, declarou que “se a Rússia está fora, Israel também deveria estar” e anunciou que a renda do jogo contra Israel, em 11 de outubro, será destinada à ajuda humanitária em Gaza. O duelo, porém, corre risco de cancelamento.

Na Espanha, o primeiro-ministro Pedro Sánchez defendeu que Israel seja afastado de competições internacionais, e o Congresso estuda até mesmo um boicote à Copa do Mundo de 2026 caso a seleção israelense se classifique. Protestos pró-Palestina já marcaram a Volta a Espanha neste ano, forçando o cancelamento da etapa final.

Além das federações, cerca de 50 atletas enviaram carta à Uefa pedindo a suspensão de Israel, afirmando que não é possível neutralidade diante do que classificam como “genocídio em curso”.

Em contrapartida, os Estados Unidos se posicionaram contra qualquer sanção. “Trabalharemos para impedir qualquer tentativa de banir a seleção nacional de futebol de Israel da Copa do Mundo”, declarou um porta-voz do Departamento de Estado à Sky News.

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