8 agosto, 2025
sexta-feira, 8 agosto, 2025

PM apura suspeita de clonagem em cartões de câmeras corporais em SP

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Em uma revelação impactante, a Polícia Militar de São Paulo investiga uma suspeita inquietante: a clonagem de cartões utilizados para liberar câmeras corporais fornecidas pela Motorola Solutions. O caso veio à tona quando um soldado do litoral sul do estado foi flagrado oferecendo o serviço por apenas R$ 20 em um grupo do WhatsApp. O esquema promete copiar o chip do cartão e transferi-lo para uma tag eletrônica genérica, uma prática que levanta sérias preocupações sobre a segurança e a integridade dos registros.

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) tentou minimizar a situação, afirmando que as credenciais do tipo RFID não abrem o acesso ao sistema das câmeras, servindo apenas para a identificação dos policiais. No entanto, a venda clandestina de clonagem indica um possível uso indevido da tecnologia: o soldado alega que a prática visa evitar a perda das credenciais pelos policiais, fundamentais no início e no fim do turno para ativar e devolver as câmeras.

Especialistas consultados alertaram que essa possibilidade de clonagem pode permitir que policiais utilizem tags genéricas para liberar câmeras em nomes de outros, resultando em um sistema vulnerável. Assim, as gravações poderiam se perder no labirinto do sistema, uma vez que estariam vinculadas a pessoas erradas. A SSP defendeu que os cartões RFID estão integrados à escala dos policiais, garantindo a rastreabilidade do uso dos equipamentos.

A situação se complica com a declaração do soldado envolvido, que confirmou à reportagem do Metrópoles que já realizou a cópia de cartões para pelo menos 60 policiais. “Aqui eu fiz para o batalhão inteiro”, revelou, expondo a facilidade com que a clonagem é realizada. Ele afirma que o processo é rápida e simples, utilizando uma máquina que lê e copia os dados do cartão original.

A advogada Juliana Maia explicou que o sistema, ao permitir a clonagem, abre espaço para fraudes. “Um policial pode usar uma tag eletrônica de outra pessoa para registrar imagens que não estarão vinculadas ao seu nome”, destaca. Essa manipulação poderia resultar na perda irreparável de evidências, questionando a eficácia do sistema no que diz respeito à integridade das informações.

A complexidade aumenta quando a advogada cita a fragilidade na cadeia de custódia das gravações, que carece de um método robusto e seguro. A garantia de autenticidade é vital para assegurar que as imagens registradas pertençam ao policial correto e que a procedência das informações seja mantida. Sem isso, o risco de comprometimento é elevado, provocando uma crise de confiança em um sistema que deveria ser impermeável à fraude.

Diante de tudo isso, como você avalia a situação atual? Acesse sua opinião e compartilhe suas reflexões sobre a segurança nas operações policiais. Vamos juntos discutir esse tema tão relevante!

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