A segunda fase da “Operação Terra Justa”, liderada pelo Ministério Público da Bahia, abalou a região oeste do estado ao focar na prisão de um tenente-coronel da PM. A investigação revelou um esquema alarmante: o oficial, que ainda não teve sua identidade divulgada, é acusado de acobertar atividades de uma milícia armada, comprometendo a segurança da população local.
Coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco), em colaboração com a Força Correcional da Corregedoria Geral e a Secretaria de Segurança Pública, a operação culminou na apreensão de armas ilegais na residência do tenente-coronel durante um mandado de busca e apreensão.
As acusações são graves: o oficial teria recebido, mensalmente, R$ 15 mil do líder da milícia, um sargento da reserva, como pagamento para garantir a proteção das operações criminosas do grupo. Essa milícia é responsável pela invasão de terras de comunidades tradicionais em Correntina, utilizando violência para beneficiar fazendeiros locais por mais de uma década.
Ao todo, foram cumpridos seis mandados de busca e dois mandados de prisão preventiva nas cidades de Correntina, Santa Maria da Vitória e Salvador. O tenente-coronel agora enfrenta investigações por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
O sargento, já detido na fase anterior da operação, também tem novos mandados de prisão emitidos. O Ministério Público da Bahia denunciou ele e mais três indivíduos por organização criminosa, com a Justiça determinando o bloqueio de bens no valor de R$ 8,4 milhões. Desde 2014, a conta do sargento movimentou cerca de R$ 30 milhões, com depósitos substanciais oriundos de empresas do setor agropecuário, reforçando a complexidade desse esquema.
As investigações continuam, com a polícia empenhada em identificar e prender outros membros envolvidos nessa rede criminosa. A luta contra a corrupção e a proteção das comunidades afetadas se intensificam, em busca de justiça e segurança.
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