20 julho, 2025
domingo, 20 julho, 2025

Polícia Civil paulista monitora 702 suspeitos de cibercrime

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Imagem de hacker em ação - Metrópoles

Na vanguarda do combate ao crime cibernético em São Paulo, o Núcleo de Operações e Articulações Digitais (NOAD) da Polícia Civil está em alerta constante, monitorando 702 suspeitos de cibercrimes. Sob a liderança da delegada Lisandrea Colabuono, essa equipe de sete policiais especializados opera 24 horas por dia, sete dias por semana, para prevenir e responder a ameaças digitais.

Com uma abordagem inovadora, o NOAD já salvou 148 vítimas e gerou 3.088 relatórios técnicos, acionando forças policiais de outros estados sempre que necessário. Segundo Colabuono, o time utiliza técnicas de infiltração em comunidades online, onde crimes podem ser planejados, capturando informações cruciais antes que ações violentas se concretizem.

“Os crimes cibernéticos estão crescendo, especialmente em plataformas sem moderação”, afirma a delegada. A infiltração permite que policiais monitorem atividades suspeitas e, ao identificar eventos de risco, como desafios perigosos, eles notifiquem as plataformas imediatamente para interromper essas ações antes que causem danos.

Entre os crimes mais impactantes, destacam-se eventos como o “chroming”, onde a vítima é induzida a aspirar desodorante até desmaiar, e o “blackout”, que envolve sufocamento. O relatório técnico gerado pela equipe é um recurso vital, permitindo a ação rápida e eficaz para proteger as vítimas.

A criminalidade digital se adapta, e os criminosos frequentemente mudam sua linguagem para evitar a detecção. Palavras como “luz”, utilizadas anteriormente para indicar acontecimentos violentos, foram substituídas por termos mais sutis. Isso exige que as plataformas digitais implementem controles de monitoramento mais robustos, vital para a segurança dos usuários.

Um caso relevante evidenciado pelo NOAD envolveu um adolescente que adotou 30 gatos com a intenção de torturá-los para mostrar nas redes. Da mesma forma, outro incidente trágico resultou na morte de uma jovem que participou de um desafio virtual, levando à captura psicológica de sua irmã pelo mesmo agressor.

Recentemente, a operação Nix investigou adolescentes envolvidos em cyberbullying e exploração virtual, com mais de 400 vítimas afetadas. Embora a maioria das vítimas identificadas sejam meninas menores de idade, os meninos também não estão livres das ameaças, sendo muitas vezes alvos em desafios de automutilação para provar seu status em grupos criminosos.

“É urgente que as plataformas digitais tenham representação formal no Brasil, com canais de emergência e filtros eficazes para detectar linguagem criminosa”, clama Colabuono. Para a delegada, o fortalecimento do combate ao crime digital requer um investimento significativo em segurança, essencial para preservar a integridade das comunidades online.

Queremos ouvir sua opinião! O que você acha das medidas que estão sendo adotadas para combater os cibercrimes? Deixe seu comentário!

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