Em 2024, a Bahia se destaca de maneira alarmante no cenário da segurança pública: a polícia local lidera a taxa de homicídios no Brasil pelo terceiro ano consecutivo. De acordo com o Anuário da Segurança Pública, elaborado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, um a cada quatro homicídios cometidos na Bahia é atribuído a policiais. No total, foram registrados 1.556 homicídios perpetrados pela polícia, embora esse número represente uma redução de 8,6% em relação ao ano anterior, que contabilizou 1.700 casos.
Com uma média de 10,5 homicídios por 100 mil habitantes, a polícia baiana é considerada a segunda mais letal do país. O Amapá, por sua vez, ocupa o primeiro lugar em letalidade proporcional, com 17,1 homicídios a cada 100 mil habitantes, onde a polícia é responsável por um a cada três homicídios nesse estado.
Em todo o Brasil, 6.243 mortes resultantes de intervenções de policiais militares e civis foram registradas, representando uma ligeira queda de 3,1% em comparação a 2023. No entanto, um aspecto devastador dos dados é que 82% das vítimas de letalidade policial pertencem a grupos negros, evidenciando que as chances de uma pessoa negra ser morta pelas forças de segurança são 3,5 vezes maiores do que as de uma pessoa branca.
O Anuário esclarece que essas Mortes Decorrentes de Intervenções Policiais (MDIP) englobam vítimas de homicídio doloso, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e outras mortes que ocorrem tanto durante o serviço quanto fora dele. Em diversos relatos, as mortes decorrentes de intervenções policiais se incluem nos dados de homicídios dolosos, refletindo uma realidade complexa e preocupante.
Esse panorama revela a necessidade urgente de discussão e ação em busca de justiça e segurança para todos. O que você pensa sobre essa realidade? Compartilhe sua opinião nos comentários!