19 agosto, 2025
terça-feira, 19 agosto, 2025

Por que o oceano Pacífico é tão grande?

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Mapa mostra alertas de tsunami no Oceano Pacífico e avisos para a costa leste da América do Norte

Quando olhamos para um mapa-múndi, uma vasta extensão azul se destaca, separando as Américas da Ásia e da Oceania: o oceano Pacífico. Mas sua imensidão vai muito além da aparência. Com aproximadamente 163 milhões de quilômetros quadrados, ele não é apenas o maior oceano do mundo, mas também o maior ambiente único da Terra, abrigando mais da metade da água livre do planeta e o ponto mais profundo conhecido, o Challenger Deep, na Fossa das Marianas, situado a mais de 11 mil metros abaixo do nível do mar.

Você já se perguntou por que o pacífico é tão vasto, um gigante que persiste no mapa mesmo após diversas transformações geológicas ao longo de milhões de anos? A resposta começa com sua origem. Antes do Pacífico ser o que conhecemos hoje, existia o superoceano chamado Panthalassa, que envolvia todo o supercontinente Pangeia.

Com o movimento das placas tectônicas, Pangeia se fragmentou e novos oceanos começaram a surgir. O Atlântico, por exemplo, nasceu do espaço aberto entre as massas de terra que originaram as Américas, a Europa e a África. O Pacífico, por outro lado, é o que sobrou de Panthalassa, já vasto desde o início, sem um crescimento gradual.

No entanto, essa história inicial não explica apenas seu tamanho; ela revela a persistência dessa imensidão oceânica. As placas que sustentam oceanos e continentes continuam a se mover, às vezes se afastando e outras vezes colidindo. Quando se afastam, o material do interior da Terra ascende, se resfriando e formando nova crosta oceânica. Nas colisões, a crosta pode mergulhar em zonas de subducção e ser eliminada.

O Atlântico possui um eixo central que cria nova crosta e empurra suas margens para longe, resultando em um crescimento gradual, de alguns centímetros por ano. No entanto, essa expansão se torna monumental ao longo de milhões de anos.

A Placa do Pacífico teve seu início em uma junção tripla no leito antigo da Panthalassa, onde três placas se encontravam: Farallon, Phoenix e Izanagi. Enquanto essas placas eram empurradas e consumidas, a Placa do Pacífico se expandiu e se tornou imponente. Fragmentos das placas Farallon e Phoenix ainda existem ao largo da costa oeste da América do Norte, enquanto a Izanagi desapareceu sob a Ásia.

Embora a geologia não seja algo fixo, e o equilíbrio entre crescimento e diminuição possa mudar ao longo dos eons, o presente é claro: o Pacífico reina como o maior oceano do planeta, seguido pelo Atlântico, Índico, Austral e Ártico. Sua influência na circulação oceânica, no clima e na biodiversidade é proporcional à sua vastidão.

Ilustração do planeta Terra dando ênfase a placas tectônicas

A ruptura de Pangeia e o encolhimento da Panthalassa deixaram o legado do Pacífico. A Placa do Pacífico emergiu na junção tripla, moldando um círculo de fogo repleto de fossas profundas e arcos de ilhas. Em contrapartida, o Atlântico cresceu lentamente. O oceano Pacífico, então, é o resultado da história e do incessante movimento do nosso planeta.

O tamanho do Pacífico vai além das curiosidades geológicas; ele impacta diretamente a vida humana. O oceano influencia padrões climáticos, abriga correntes que transportam calor e nutrientes e é palco de fenômenos que afetam a agricultura, a pesca e a energia, como El Niño e La Niña. Sua profundidade extrema oferece insights sobre processos internos da Terra, desafiando a engenharia e a biologia, enquanto o arco de vulcões e terremotos ao longo de suas margens nos lembram da atividade contínua do planeta, elemento vital para a segurança de comunidades nas áreas costeiras.

Deixe-nos saber sua opinião sobre o oceano Pacífico! O que mais você gostaria de descobrir sobre suas profundezas e mistérios?

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