
No vibrante universo brasileiro de brindes corporativos, a receita bruta chegou a impressionantes R$ 3,1 bilhões em 2024, representando um crescimento notável de dois dígitos anualmente desde a pandemia. Essa ascensão deve-se, em grande parte, ao aumento da demanda por kits de boas-vindas para novos colaboradores e à explosão do mercado digital, onde influenciadores oferecem mimos personalizados a seus clientes e convidados. Com uma expectativa de crescimento entre 30% a 40% apenas no segundo semestre, ficou claro que o ato de presentear é uma estratégia que transcende o convencional, envolvendo até pequenas empresas na missão de encantar clientes e colaboradores.
Uma pesquisa da Promotional Products Association International (PPAI) revelou que 83% dos consumidores apreciam receber brindes de empresas, e 48% se sentem mais inclinados a realizar negócios após receber produtos promocionais de qualidade. O grande diferencial está na intenção por trás do presente; cada brinde, mais que um simples objeto, é um símbolo de cuidado e conexão. Anderson Prieto, CEO da Tangram Personalizados, destaca que produtos personalizados, transformados em protagonistas durante o isolamento social, agora ocupam um espaço especial no cotidiano dos consumidores. Garrafas e copos térmicos, por exemplo, representam 16% da produção total de brindes no Brasil, solidificando a presença desses itens em nosso dia a dia.
A força da personalização e a memória afetiva
Em tempos de superficialidade, os brindes personalizados trazem um profundo significado emocional. Eles tocam em algo crucial: o desejo humano de ser visto e valorizado. A psicanalista Cintia Castro explica que cada presente traz consigo uma história, um eco das nossas experiências e emoções. Num mundo dominado pelo digital, o gesto de personalizar resgata conexões significativas entre pessoas e marcas, e o ato de dar se transforma em um poderoso símbolo de afeto e lealdade.
Segundo Castro, a troca de presentes não é apenas uma transação comercial, mas estabelece vínculos simbólicos que podem ser duradouros. Cada brinde se transforma em um marcador emocional, que, embora possa parecer trivial à primeira vista, carrega consigo uma carga significativa de memória afetiva. Um simples objeto, como uma caneta ou uma agenda, quando entregue com significado, passa a ser uma recordação palpável da relação com um profissional ou uma marca.
Além disso, nosso cérebro reage a essas experiências emocionais. Quando utilizamos um objeto que nos remete a memórias positivas, a marca se associa a momentos de felicidade, criando uma conexão duradoura. Essas memórias, enraizadas na emoções, tornam-se parte da nossa história e influenciam nosso comportamento em relação às marcas. Afinal, quem não deseja repetir momentos felizes? As marcas que conseguem criar e explorar essa trajetória emocional têm uma vantagem competitiva significativa.
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