30 outubro, 2025
quinta-feira, 30 outubro, 2025

Potente furacão Melissa provoca ‘danos vultosos’ e inundações em Cuba

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Furacão Melissa

O furacão Melissa, um gigante no céu, deixou um rastro de destruição inegável em Cuba e em sua trajetória devastadora pela Jamaica, onde se tornou a tempestade mais potente a tocar terra em 90 anos. Com ventos que superaram os 300 km/h, a tormenta não apenas inundou cidades e vilarejos, mas também proporcionou um cenário de desolação, resultando em cortes de energia, evacuações em massa e, tragicamente, cerca de trinta vidas perdidas até agora.

Na terça-feira, antes de atingir Santiago de Cuba, Melissa havia devastado a Jamaica, cruzando a ilha como um furacão de categoria máxima. No dia seguinte, enquanto os ventos começavam a diminuir, a realidade da destruição se impôs. O Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos reportou que a tempestade seguia avançando sobre o Atlântico, com ventos sustentados de 155 km/h, prestes a atingir as Bahamas.

Mariela Reyes, uma moradora de Santiago, viu seu mundo desmoronar quando o teto de sua casa foi arrancado. “Não é fácil perder tudo o que temos, mesmo que seja pouco”, desabafou. Embora tenha conseguido preservar alguns bens, as ruas da cidade permaneciam inundadas, bloqueando o acesso e complicando os esforços de recuperação. Em uma demonstração de resiliência, moradores armados de facões começaram a limpar o que foge à normalidade: árvores caídas, casas dilaceradas e animais perdidos, um retrato triste do que sobreviveu à fúria de Melissa.

As autoridades cubanas, atentas à catástrofe, relataram que aproximadamente 735 mil pessoas foram evacuadas, predominantemente nas províncias afetadas. A comunicação também foi severamente comprometida, com áreas inteiras sem acesso à rede telefônica, complicando a situação. O presidente Miguel Díaz-Canel ressaltou a complexidade do cenário e os “danos consideráveis” enfrentados pelo país, destacando a necessidade urgente de apoio às comunidades.

Na Jamaica, os estragos foram ainda mais intensos. O primeiro-ministro Andrew Holness declarou a ilha como uma “zona de desastre”. Enquanto moradores lidavam com a realidade de suas casas destruídas, representantes da ONU relataram níveis de devastação nunca vistos anteriormente. Imóveis, estradas e infraestruturas essenciais foram seriamente danificados, enquanto a população era orientada a se manter alerta para possíveis inundações e deslizamentos de terra.

O furacão Melissa superou em potência fenômenos anteriores, como o Katrina, que arrasou Nova Orleans em 2005. Cientistas alertam que as mudanças climáticas estão intensificando esses desastres naturais, resultando em tempestades cada vez mais ferozes. Kerry Emanuel, meteorologista renomado, adverte que o aquecimento global facilita a rápida intensificação de tempestades, elevando consideravelmente o risco de chuvas extremas e seus desastrosos efeitos.

As lições deixadas por Melissa são um lembrete sombrio da fragilidade de nossas estruturas e da força imensurável da natureza. Convidamos você a compartilhar suas reflexões sobre essas tragédias e o impacto das mudanças climáticas em nosso futuro. Como você acredita que devemos nos preparar para os desafios que estão por vir?

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