Em agosto, a caderneta de poupança viveu um momento desafiador, experimentando uma saída líquida de R$ 7,6 bilhões, conforme o último relatório do Banco Central. Esse movimento revela um padrão preocupante de retiradas que superam os depósitos, com os valores registrados mostrando R$ 346,8 bilhões aplicados e R$ 354,4 bilhões em saques.
Ao todo, os rendimentos creditados nas contas de poupança totalizaram R$ 6,5 bilhões, levando o saldo geral da caderneta a pouco mais de R$ 1 trilhão. Este resultado negativo marca o segundo mês consecutivo de saldo desfavorável; o primeiro semestre deste ano também já havia apresentado um cenário semelhante, com retiradas líquidas acumuladas de R$ 63,5 bilhões.
Nos últimos dois anos, a tendência de saques tem sido crescente: em 2023, as retiradas líquidas chegaram a R$ 87,8 bilhões, e em 2024, a números mais modestos, mas ainda relevantes, com R$ 15,5 bilhões. Este fenômeno se deve, em parte, à manutenção da Selic em patamares elevados, incentivando o público a buscar alternativas de investimento com retorno maior.
Recentemente, o Comitê de Política Monetária (Copom) interrompeu um ciclo de alta na taxa básica de juros após sete aumentos consecutivos. Atualmente, a Selic permanece em 15% ao ano, com a autoridade monetária sinalizando que essa taxa poderá ser revista em futuras decisões, caso a situação econômica o exija.
Diante desse cenário, como você vê as mudanças na sua estratégia de investimento? O que pensa sobre o futuro da caderneta de poupança? Compartilhe suas ideias nos comentários!