6 agosto, 2025
quarta-feira, 6 agosto, 2025

Prefeito de Itapetinga pede intervenção de Jerônimo para manter cassação de vereador no TRE e recebe invertida da PGE

Compartilhe

Imagem Relacionada ao Tema

No cerne de uma contenda política fervente, o prefeito de Itapetinga, Eduardo Hagge (MDB), solicitou ao governador Jerônimo Rodrigues (PT) uma intervenção decisiva em um caso que pode impactar a trajetória eleitoral do município. O pedido, formulado em 20 de junho de 2025, gira em torno da cassação do diploma do vereador Diego Queiroz Rodrigues, conhecido como “Diga Diga”, que enfrenta sérias acusações, incluindo a decretação de sua prisão em junho do ano anterior.

“A decisão do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) precisa ser firmemente mantida”, enfatizou Hagge, multando o tema como crucial para a “lisura e a estabilidade democrática” em Itapetinga. O vereador, que já figurou como alvo na Operação Overclean, teve seu diploma cassado por unanimidade devido à “falta de condição de elegibilidade”, resultante de condenações criminais.

A Procuradoria Geral do Estado da Bahia (PGE) analisou minuciosamente o pedido de intervenção. Em sua avaliação, a PGE se deparou com a constatação de que o estado não é parte integrante do processo, que tramita com a figura do Ministério Público como recorrente e Diga Diga como recorrido. A PGE salientou que, segundo o Código Eleitoral e a Lei das Inelegibilidades, apenas candidatos, partidos e o Ministério Público possuem legitimidade para tomar tal ação.

Além disso, a PGE ponderou a possibilidade de atuar como amicus curiae, mas foi desaconselhada por uma resolução que exclui essa figura nas instâncias eleitorais. Mesmo que se houvesse tal abertura, os requisitos legais de relevância e repercussão social para justificar a intervenção não estavam presentes. Assim, a PGE concluiu que, frente à ausência de legitimidade, não haveria uma providência a ser adotada em relação a este processo.

Em um desfecho decisivo, a busca por um respaldo do Estado falhou, deixando claro que o cerne da questão aborda a legalidade e a moralidade no exercício do mandato, enfatizando a importância de um julgamento fundamentado nas instituições legitimadas. A reflexão proposta pela PGE é um convite a todos: até onde o envolvimento estatal deve ir em processos que tocam no impacto democrático e na vida pública?

O que você pensa sobre a cassação de mandatos por questões éticas? Comente abaixo e participe da discussão!

Você sabia que o Itamaraju Notícias está no Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.

Veja também

Mais para você