Movimento, que incluía a ativista ambiental Greta Thunberg, reunia aproximadamente 45 embarcações e tinha como objetivo simbólico denunciar o bloqueio marítimo imposto por Israel ao território palestino
Andreas SOLARO / AFP
Giorgia Meloni é a primeira mulher a assumir como primeira-ministra da Itália
A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, criticou a flotilha internacional interceptada pela Marinha de Israel quando se dirigia à Faixa de Gaza, e anunciou que o governo trabalha para repatriar cerca de 40 cidadãos italianos que participavam da iniciativa. O movimento, que incluía a ativista ambiental Greta Thunberg, reunia aproximadamente 45 embarcações e tinha como objetivo simbólico denunciar o bloqueio marítimo imposto por Israel ao território palestino.
Meloni afirmou que a ação “não faz sentido” e que não traz benefícios reais à população palestina. Segundo ela, as embarcações não teriam capacidade de transportar uma quantidade significativa de ajuda humanitária para Gaza, que abriga mais de 2 milhões de pessoas, e o impacto seria apenas político.
De acordo com autoridades israelenses, a flotilha está sendo escoltada para o porto de Haifa, no norte do país. A previsão é que, entre segunda e terça-feira, dois voos fretados deixem o aeroporto Ben Gurion, próximo a Tel Aviv, levando os participantes de volta à Europa. Capitais como Madri e Londres estão entre os destinos cogitados.
Israel mantém um bloqueio naval, aéreo e terrestre sobre Gaza, alegando razões de segurança e o risco de que embarcações abasteçam grupos armados na região. Para os organizadores da flotilha, no entanto, o objetivo principal era chamar atenção para as restrições impostas pelo governo israelense e para a crise humanitária enfrentada pelos palestinos. O episódio reacende o debate internacional sobre o bloqueio e sobre os limites da lei internacional diante das medidas de segurança adotadas por Israel.